Validade aparente do Instrumento de Avaliação da Cognição Numérica (Cognum): análise do protocolo de compreensão e envolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Lia Caroline Pereira da lattes
Orientador(a): Osório, Ana Alexandra Caldas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26486
Resumo: As habilidades matemáticas estão presentes desde o nascimento e são desenvolvidas e adquiridas de acordo com o crescimento da criança, sendo aprimoradas junto com a aquisição de outras competências matemáticas. Para investigar se essa evolução está dentro do esperado para a idade cronológica do indivíduo, são necessários instrumentos que permitam essa investigação. Há no Brasil, grande escassez de instrumentos de avaliação da Cognição Numérica e a carência dessa ferramenta é ainda maior quando o público alvo é a faixa etária pré-escolar. Diante disso, Chechetto (2020) desenvolveu um instrumento de avaliação da Cognição Numérica para pré-escolares (CogNum) e para que ele seja válido, vários estudos devem ser conduzidos. Algumas características são importantes e desejáveis para um instrumento psicométrico, e uma delas é o instrumento ser e estar adequado ao público alvo. A validade aparente investiga aspectos qualitativos do instrumento por parte de quem realiza o teste, como aceitação, adequação e relevância. Para isso, foi desenvolvido o Protocolo de Compreensão e Envolvimento (PCE), com questões que avaliam o participante tanto durante a realização de cada item do CogNum, como no modo geral, através de um observador. As questões do PCE avaliam a reação, compressão, dificuldades, foco e interação dos participantes durante a realização das tarefas do instrumento. O presente estudo insere-se no projeto maior de desenvolvimento e validação do CogNum, e tem como objetivo verificar a sua validade aparente utilizando o PCE. Participaram do estudo 36 crianças de escolas pública e particular, com idades entre 3 e 5 anos. O PCE foi preenchido por um observador ou pelo aplicador do CogNum, concomitantemente a realização das tarefas dos itens do CogNum. Os resultados apontaram que, no geral, os participantes pareceram ter bom entendimento dos itens, baixa dificuldade na realização das tarefas e pareceram motivados durante a execução das tarefas, convergindo para o que a literatura aponta como características desejáveis para um instrumento psicométrico. Portanto, os dados sugerem que o CogNum parece ser adequado e relevante para a faixa etária que foi desenvolvido, de acordo com a amostra estudada. Espera-se que o CogNum venha a contribuir para a identificação de déficits relacionados a habilidades matemáticas de crianças de forma precoce, ainda em idade pré-escolar.