Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Patrícia Teixeira Maggi da
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Orientador(a): |
Bido, Diógenes de Souza
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23327
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Resumo: |
Os investimentos em diferentes tipos de aprendizagem formal, que incluem treinamentos, cursos, programas educacionais entre outros têm crescido no Brasil e em outros países. Este fato sugere que as organizações avaliam a aprendizagem formal de forma positiva. No entanto, estudos têm apresentado resultados controversos quanto aos reais benefícios da aprendizagem formal para as organizações. Esses resultados podem ser em parte explicados pelas dificuldades em isolar os efeitos da aprendizagem formal em relação a outros fatores. Ao investirem em aprendizagem formal, as organizações precisam avaliar se os indivíduos estão transferindo o que aprenderam por meio de mudanças de comportamentos no trabalho. No entanto, elas não sabem como fazê-lo, levando ao problema ou “gap” da transferência de aprendizagem, definida como a aplicação ou uso no trabalho dos conhecimentos e habilidades adquiridos em diferentes tipos de aprendizagem formal. Sob a perspectiva acadêmica, os estudos de transferência avançaram a partir do modelo e conceito propostos por Baldwin e Ford (1988). Apesar do aumento nas pesquisas de transferência nas últimas décadas, o que comprova a importância teórica e prática do tema, a literatura ainda apresenta algumas lacunas, destacando-se duas: (1) a definição e a operacionalização do construto transferência de aprendizagem e a sua diferenciação entre uso e eficácia; e (2) a escassez de pesquisas em programas educacionais de longa duração, oferecidos por instituições de ensino superior. A presente tese pretende preencher essas duas lacunas. Para a primeira, foi desenvolvida uma escala multidimensional de transferência de aprendizagem baseada na taxonomia de uso proposta por Yelon, Ford e Bhatia (2014). Para a segunda lacuna, o objeto de pesquisa foram cursos de especialização em gestão. Diante do exposto, esta tese teve como objetivo geral: “Propor e testar um modelo de transferência de aprendizagem em cursos de especialização em gestão, avaliando a influência simultânea do cinismo organizacional, reflexão crítica, desenho da transferência, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem sobre a transferência de aprendizagem”. Para atingir este objetivo, a pesquisa empírica foi realizada com alunos e egressos de cursos de especialização em gestão com e sem o título de MBA de instituições de ensino superior em São Paulo, obtendo-se uma amostra final de 424 respostas válidas. Foram utilizadas cinco escalas para as variáveis independentes: desenho da transferência, reflexão crítica, cinismo organizacional, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem e desenvolvida a escala da variável dependente transferência de aprendizagem como uso. Os dados foram submetidos à análises estatísticas descritivas e técnicas multivariadas (correlações, análise fatorial confirmatória, e modelagem de equações estruturais para o teste das hipóteses). Os resultados confirmaram três das cinco hipóteses que previam relações diretas com a variável dependente: reflexão crítica, desenho da transferência e cultura de aprendizagem, explicaram, respectivamente, 18%, 17% e 5% da variação sobre a transferência de aprendizagem. O modelo conceitual também incluiu a avaliação dos efeitos moderadores do cinismo organizacional, autonomia no trabalho e cultura de aprendizagem. Nenhum deles foi confirmado. Por fim, o modelo incluiu 15 variáveis de controle, sendo que apenas duas tiveram resultados estatisticamente significantes, porém com efeitos pequenos sobre a transferência de aprendizagem: idade e cargo de gestão. |