Implicações urbanísticas do sistema linear de medição de terras na formação de São Paulo como cidade de bairros

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Barroso, Daniella Almeida
• Orientador(a): Abascal, Eunice Helena Sguizzardi
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
• Palavras-chave em Português: urbanismo; cartografia histórica; crescimento urbano; São Paulo
• Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30601

A tradição portuguesa de medição de terras, sistema linear no qual apenas é medida a testada, em geral voltada para caminhos terres três ou cursos-d ’água, sendo os demais lados delimitados por feições em destaque na área, prevaleceu na produção do espaço colonial, chegando ao final do século XIX como condição principal para uma articulação consistente entre a rede de caminhos terrestres e as formas das glebas de terras, em diversas escalas, ou seja, abrangendo desde sesmarias até chácaras compostas no rossio da cidade. Esta tese busca apontar repercussões urbanísticas do sistema linear de medição de terras na formação da cidade de bairros, estrutura urbana paulista na desde as décadas finais do século XVIII até início do século XX, que se caracterizada pelo núcleo original da cidade interligado a bairros e às terras peri urbanas e rurais pelos caminhos terrestres oriundos do empreendimento colonial, que atuaram como eixos de sua expansão. Fazendo uso de documentos cartográficos, foram reconstituídas a rede de antigos caminhos terrestres e as formas de terras em 1881, de maneira a confrontar tais elementos; dessa análise, emergem demonstrações a respeito da coincidência entre os limites das glebas de terras e os caminhos coloniais, assim como a rede hidrográfica original do sítio urbano paulistano. Os documentos de registros de terras, como os registros paroquiais, as cartas de datas e o Registro Geral municipal, propiciaram compor um quadro temporal consistente, ainda que conte com diversas lacunas, a respeito de uma gleba de terra no rossio da cidade, em sua porção oeste, a Cidade Nova, de forma a reconhecer as características fundamentais da expansão urbana do núcleo original paulistano; isso permitiu observar continuidades e rupturas na composição da malha viária de São Paulo como cidade de bairros.