O impacto de lugares verdes (lv) na percepção do conforto humano e no bem-estar autorreferido frente à pandemia de covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Celuppi, Maria Cristina
Orientador(a): Meirelles, Celia Regina Moretti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30251
Resumo: A literatura apresenta uma vasta discussão sobre os efeitos benéficos e positivos das experiências humanas em lugares verdes (LV) tanto à saúde física quanto mental, contudo, a pandemia de Covid-19 impôs um longo período de isolamento social com o objetivo de controlar a disseminação do vírus e levou a um aumento de situações estressantes não só de profissionais que atuam diretamente na linha de frente de combate ao vírus, como na população em geral. Com base nisso, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar o impacto de LVs e sua influência na percepção humana do conforto, assim como no bem-estar autorreferido frente à pandemia de Covid-19. A pesquisa se deu em caráter indutivo- exploratório e conta com uma pesquisa bibliográfica (narrativa e sistemática) e estudos de caso conduzidos nas cidades de São Paulo, SP, e Porto Velho, RO, com coleta de dados primários. Os dados foram analisados qualitativa e quantitativamente e serviram de suporte para uma discussão inédita sobre percepção humana, vegetação e Covid-19. Os resultados mostram que a maneira como as pessoas se sentem é impactada pela disponibilidade de vegetação nas cidades e que, quanto maior é a disponibilidade de vegetação intraurbana, maior é a percepção de benefícios obtidos com as vivências em LVs. Verificou-se que o isolamento social durante o período de investigação fez com que a população paulistana diminuísse as vivências em LVs, o que por sua vez impactou no bem-estar autorreferido. Em São Paulo, evidenciaram-se diferenças quando se agrupou a amostra por grupos demográficos, em que um melhor estado geral de saúde mental foi observado para homens, pessoas de meia-idade e idosos, assim como pessoas com escolaridade em nível de pós- graduação; já em Porto Velho, isso foi verificado somente para pessoas de meia-idade e idosos. Quando se analisaram diferenças entre as duas cidades, foi possível verificar que a amostra populacional de Porto Velho apresentou maior probabilidade de discordar que LVs contribuem para a restauração humana e, de acordo com as análises da distribuição de vegetação entre ambas as cidades, esse resultado parece estar associado à falta de vegetação intraurbana em Porto Velho. Além disso, evidenciou-se a importância de as cidades oferecerem LVs de qualidade e que representem locais seguros para que a população possa experenciar todos os benefícios à saúde proporcionados por ambientes vegetados. Por fim, a presente pesquisa fornece subsídios importantes ao poder público, arquitetos, urbanistas e planejadores no desenvolvimento de cidades voltadas ao bem-estar humano, capazes de atuarem como meio ativo na qualidade de vida.