A experiência do eu nas obras autobiográficas de Bell Hooks: Bone Black e Wounds of Passion

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pavan, Jussane Cristine Orlandeli
Orientador(a): Aguiar, Cristhiano Motta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30958
Resumo: bell hooks, autora, professora, pensadora, teórica feminista e ativisata antiracista tem um obra vasta de mais de 40 livros e contribuiu muito não somente para os estudiosos dentro da área de ciências humana, mas também na contrução de críticas literárias e artísticas que passam dentro da área das linguagens. Portanto, a autora possui uma relevância grande nos EUA - local onde nasceu - e também em várias partes do mundo. Porém, no Brasil, bell hooks ainda não é uma autora renomada e começou a ganhar novas traduções e espaço nas livrarias recentemente. Dessa forma, o trabalho aqui presente tem como objetivo apresentar a pessoa de bell hooks e também as suas obras. Além dessa apresentação, relevante para a comunidade científica brasileira que pouco conhece sobre a pensadora estadunidense, o trabalho também possui como objetivo geral a análise de duas de suas obras autobiográficas. Por meio da escrita autobiográfica - ferramenta escolhida como forma de analisar não somente a autora, mas como ela se enxerga e se constrói como pessoa - é possível resgatar duas facetas da mesma pessoa: a primeira é a pequena Gloria Jean Watkins que passou por diversas experiências marcantes que formaram a sua pessoa e a sua cabeça em relação à sociedade em que vivia e a segunda é a própria bell hooks que olhando para trásinterpreta os fatos e as experiências ocorridas como forma de justificar a pessoa em que se tornou. Dessa maneira, o trabalho pretende utilizar e se aprofundar dentro da escrita autobiográfica não somente como forma de autoconhecimento e de revelar por escrito aquilo que aconteceu com determinada mulher e sua interpretação atual desse acontecimento, mas o trabalho procura, por meio da escrita autobiográfica, revelar uma ferramenta possível de construção de um documento por escrito que permita o autoconhecimento, a inserção em um grupo social determinado - e a percepção dessa comunidade ao qual a pessoa está inserida - e também a participação política na hora de escrever e deixar registrado uma vivência única e particular que, assim como outras vivências particulares, fazem parte de um contexto maior social. São por esses motivos, portanto, que a obra autobiográfica de bell hooks seja, talvez, o melhor exemplo para trabalhar a construção do eu dentro de uma perspectiva social em que as questões de raça, classe e gênero são temas primordiais