Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Machado, Eliane Aparecida
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Orientador(a): |
Alvarez, Aurora Gedra Ruiz
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/27861
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Resumo: |
Lídia Jorge, escritora portuguesa contemporânea, já tem seus romances prestigiados há algum tempo por um vasto público, assim como pelos reconhecidos “especialistas literários”, os críticos e os historiadores da literatura. Esta tese, no entanto, dedica-se a um estudo voltado para os contos, e mais especificamente, aqueles publicados em coletâneas entre 1997 e 2016, como Marido e outros contos (1997), O belo adormecido (2004), Praça de Londres (2008) e O amor em Lobito Bay (2016). Dada a mencionada relevância da escritora, justifica-se o interesse em conhecer se ela também se ocupa, nas narrativas curtas, de temáticas relacionadas às questões sociais e como estas são tratadas no gênero conto. Nessa direção de pensamento, o objetivo desta investigação propõe analisar as obras selecionadas da contista que compõem o corpus desta pesquisa a fim de documentar a constituição textual e a significação de seus contos. Esta investigação parte da hipótese de que Lídia Jorge, a fim de projetar de seus contos um universo ficcional tão próximo do real, e assim afirmar seu compromisso ético como escritora e seu papel social como artista engajada, promove uma escrita que se constrói por meio de um jogo entre tensão e fruição. No âmago de sua escrita, entre o tensionar e o fruir provocado e estimulado pelo texto, Lídia Jorge retém em seus contos o sentido de imanência da vida, e que é percebido pelo leitor como um estado de potência, uma força vital que delineia o real sem o presentificar, uma insinuação de realidade que surge da interação entre universos que atuam nesse processo de escritura literária. Como embasamento teórico, esta tese apoia-se em três questões fundamentais: o conceito de “Plano de Imanência”, proposto pelo filósofo Gilles Deleuze; a apreciação da ideia de “Fruição Literária” como um processo decorrente de “Atos de significação” e “Atos de cultura” e que permeiam a experiência do leitor com o texto, conforme analisa Jerome Bruner, e a dinâmica interativa entre os atores que se anunciam na escritura literária decorrentes desse processo, a partir dos postulados de especialistas em literatura; e, as convenções literárias em contexto contemporâneo à publicação do corpus, propostas por Douwe Fokkema, Linda Hutcheon, Stuart Hall, assim como as vozes de outros estudiosos do discurso literário na Pós-Modernidade. |