Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Batistuzzo, Alice |
Orientador(a): |
Ribeiro, Miriam Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28622
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Resumo: |
Durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário o feto depende principalmente do T4 materno. Alterações na disponibilidade do T4 materno podem levar a prejuízos no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC) do feto, com consequências negativas para o comportamento e cognição na vida pós-natal. O Enriquecimento Ambiental (EA) consiste em uma série de manipulações no ambiente que visam estimular e desafiar positivamente o animal. Diversos estudos demonstram que o EA contribuem para a melhora em tarefas que envolvem memória, atenção e aprendizagem. O presente estudo testou a hipótese de que um protocolo de enriquecimento ambiental apresentaria impacto positivo sobre o comportamento e a cognição de animais nascidos de mães hipotireoideias. Para testar essa hipótese, ratas Wistar com 8 semanas de idade foram tireoidectomizadas cirurgicamente, 24 dias depois foram tratadas diariamente com LT4 (0,7ug / 100g PC) por gavagem e após três semanas foram colocados para reprodução. Ratas submetidas à cirurgia-sham e que receberam água por gavagem foram usadas como controles. O desenvolvimento físico da prole de ambos os grupos foi avaliado ao longo dos primeiros 30 dias de vida. No 30º dia foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais e aos 60 dias os animais foram submetidos ao protocolo de EA por 8 semanas e o comportamento foi reavaliado após esse período. Os resultados obtidos mostram que o hipotireoidismo gestacional leva à redução de peso corporal na prole e ao atraso no aparecimento da 1ª e 2ª pelagem, desdobramento de orelha e abertura dos olhos. Aos 30 dias, a avaliação cognitivo-comportamental mostrou que a prole de mães hipotireoideas exibiu prejuízo na memória de curto e longo prazo, conforme avaliado por meio da tarefa de Reconhecimento de Objetos, comportamento do tipo ansioso avaliado pelos testes Labirinto em Cruz Elevado e Teste de Marble e comportamento do tipo depressivo, avaliado pelo teste do Nado Forçado de Porsolt. Aos 116 dias, o EA eliminou corrigiu o prejuízo da memória de curto prazo, mas não o de longo prazo exibido pela prole de mães hipotireoideas como indicado pelo testes de Reconhecimento de Objetos. Da mesma maneira, o EA corrigiu o comportamento do tipo ansioso na prole de mães com hipotireoidismo indicado pelos resultados dos testes Supressão Alimentar pela Novidade e Marble assim como o comportamento tipo depressivo indicado pelos resultados do teste de Nado Forçado. O presente estudo sugere que uma estimulação multissensorial pode reverter o comprometimento da memória de curto prazo e comportamentos do tipo ansioso e depressivo na prole de mães com hipotireoidismo. |