O desenvolvimento da cidade de Santos de 1532 a 1930: iconografia e história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paiva Filho, Himar Diniz lattes
Orientador(a): Righi, Roberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26645
Resumo: A cidade de Santos sintetiza, em escala local, as principais transformações pelas quais o Brasil atravessou desde a sua descoberta. Esta pesquisa, apoiada em uma extensa base documental e iconográfica, abrange cerca de 400 anos e relaciona a história sociopolítica nacional e paulista com a formação e o desenvolvimento da estrutura urbana da cidade de Santos. Para tanto, considerou-se três momentos. O primeiro, o mais longo, abrangendo cerca de 300 anos, corresponde basicamente ao período colonial até a vinda da família real portuguesa ao Brasil, considerada por muitos historiadores como a independência, de fato, do país. Nesta fase notamos a expansão geográfica e a conquista territorial brasileira. Santos, neste instante, desempenha entre outras funções, a de porta de entrada do Sertão. O segundo, período relativamente curto, parte do século XIX, constatamos a formação do Estado brasileiro embora ainda a ideia de nação se apresentasse de forma incompleta. A cidade de Santos, nesta ocasião, começa a ganhar importância à medida que a economia cafeeira se expandia pelo interior paulista, impulsionando a construção de ferrovias e a modernização urbana. E finalmente, o terceiro, na passagem do século XIX para o século XX, com o alvorecer da República, onde a articulação do território ganha força e percebe-se a clara intenção da integração nacional, de maneira mais eficiente, ao capitalismo internacional. Neste contexto histórico, a cidade de Santos tem em suas ruas a circulação dos ideais republicanos, liberais, libertários e abolicionistas, e abandona seus trajes provincianos e adentra o século XX no encalço do progresso e do moderno, ainda que este se baseasse no modelo europeu. É também nesse momento que se consolida a importância do eixo Santos | São Paulo | Campinas como uma rede de cidades capaz de articular e ordenar o desenvolvimento regional e nacional. Os caminhos que outrora foram os de entrada para o Sertão nos séculos passados, agora organizados e mecanizados, ampliaram a área de influência e a hinterlândia do porto da cidade de Santos. Estes caminhos também foram os trilhados pelos imigrantes que, aos milhares, rumavam ao interior do país em busca de oportunidades substituindo a mão de obra escrava recém libertada. Em comum, todos estes 400 anos, tiveram como pano de fundo a passagem da modernidade para a contemporaneidade, onde tivemos a consolidação do capitalismo como modo de produção e a sua expansão pelo mundo. Tudo isso graças a técnica e a Revolução Industrial. Desta forma, no intuito de se enriquecer esta pesquisa, incluiu-se um breve capítulo da história da cidade sob a luz destes acontecimentos.