A voz de estudantes bolivianos em uma escola pública da Cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Magda lattes
Orientador(a): Masini, Elcie Aparecida Fortes Salzano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24823
Resumo: A imigração de Bolivianos para o Brasil é um paradigma funcionalista que se dá através da pressuposição de que a sociedade tem um cenário concreto do estereótipo Boliviano escravizado pela indústria têxtil. O que poucos estudos se preocuparam em abordar, é que esse boliviano não se introduz no Brasil apenas como sujeito único, mas como indivíduo que traz consigo na grande maioria das vezes sua família, e, portanto, começa a interagir social e culturalmente com todo o sistema brasileiro. Dentro deste cenário, este estudo buscou no discurso de alunos bolivianos de escolas públicas da zona leste de São Paulo, compreender seus sentimentos, e manifestações de multiculturalismo por estarem dentro de uma terra tão distante da sua. Buscou-se ainda, observar o contexto que, de fato, esses estudantes estavam inseridos, observando o tratamento dispensado pelos colegas no contexto escolar, uma vez que a escola, segundo Gadotti (2000) e Freire (1997) é um meio de desmistificar qualquer preconceito existente na comunidade e inserir o indivíduo à socialização e à cultura, visto que a instituição escolar é o primeiro espaço de inclusão ou exclusão, onde a disseminação do preconceito é produzida, mas que ao mesmo tempo, pode ser abolida. Concluiu-se, a partir desta pesquisa, que apesar da maioria dos entrevistados seguirem os padrões de pais e mães trabalhadores da indústria têxtil, alguns se sentem brasileiros por terem vivido a maior parte de suas vidas no país, e não sentem grandes diferenciações no tratamento de seus colegas, procurando incluir-se no contexto e de certa forma renegando suas raízes, enquanto que outros, devido aos conflitos familiares e dificuldades enfrentadas tanto em seu país de origem como em seu país atual possuem grande dificuldade de adaptação e relacionamentos não se sentindo brasileiros, nem bolivianos, não obstante, professores que deveriam ter como papel o de educador inclusivo, acabam por não auxiliar estes alunos devido as suas próprias frustrações com a área em que se encontram. Observou-se, também que, com relação à cidade de São Paulo, todos os alunos entrevistados veem a cidade como um poço de oportunidades em comparação com seu país de origem salientando a parte de lazer e compras, atividades não tão possíveis na Bolívia.