Ser criança imigrante boliviana na Ocupação Prestes Maia: o cotidiano e os sonhos da infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Carolina Abrão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
FLM
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14122018-094847/
Resumo: Este trabalho analisa o cotidiano e os sonhos das crianças imigrantes bolivianas de 2ª geração moradoras da ocupação vertical Prestes Maia, com o intuito de constatar como estes meninos e meninas vivenciam a infância cujas experiências transitam entre Brasil e Bolívia, em ser semteto, frequentar a escola pública e principalmente em expressar as suas brincadeiras e maneiras de habitar a cidade e a moradia ocupada. O objetivo desta pesquisa se amplia ao trazer as narrativas dos familiares das crianças que expõe suas trajetórias como imigrantes, principalmente as dificuldades encontradas na cidade em relação ao trabalho e habitação, levando-os a participar da Frente de Luta por Moradia (FLM). A observação participante e entrevistas semiestruturadas (realizadas com familiares das crianças e uma das coordenadoras da Ocupação Prestes Maia) ocorreram ao longo do ano de 2016. As oficinas que inicialmente começaram na brinquedoteca da Ocupação se expandiram para outros espaços, como escadas, lajes e pátios, consistindo em práticas que envolveram rodas de conversa, brincadeiras, desenhos, fotografias e dobraduras. Os dados coletados e compostos com as crianças foram fundamentais na compreensão desta nova geração de imigrantes que se forma em um cotidiano permeado por dificuldades e sonhos de uma vida melhor, como a aquisição da casa própria. Confirma-se a hipótese de uma infância que em seu cotidiano revela experiências que apontam para a composição de identidades híbridas, transitando entre Brasil e Bolívia e em busca dos seus direitos de crianças, como o brincar e habitar a moradia ocupada.