Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Kelly
 |
Orientador(a): |
Paula, Cristiane Silvestre de
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22600
|
Resumo: |
A violência pode ser considerada toda ação danosa à vida e à saúde do indivíduo. Crianças e adolescentes, por sua maior vulnerabilidade e dependência, costumam ser vítimas freqüentes de atos abusivos. Entre as práticas educativas mais comuns utilizadas pelos pais está incluída a punição corporal. Não foram identificados estudos epidemiológicos realizados no Brasil sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes com deficiências, mas parece razoável supor que as taxas neste grupo vulnerável também sejam altas. Os objetivos deste estudo foram: (1) determinar a freqüência de punição física de crianças e adolescentes com deficiências físicas e sensoriais em comunidade urbana de baixa renda na região metropolitana de São Paulo; (2) descrever o tipo de punição sofrida por estas crianças e adolescentes no ambiente doméstico, segundo o tipo de deficiência; e (3) comparar a punição física de crianças e adolescentes com deficiências físicas, sensoriais e sem deficiências. Método: estudo de corte transversal realizado com amostra populacional de um bairro de baixa renda do município de Embu, São Paulo. A amostra foi composta por 811 crianças e adolescentes com idade entre zero e 17 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram o CORE questionnaire para avaliar violência doméstica e o Questionário de Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) para a determinação de classes econômicas. Como os dados deste estudo fazem parte do Estudo Brasileiro de Violência Doméstica (BrazilSAFE), as definições de punição física grave e não grave foram baseadas neste. Resultados: Nesta amostra, 47 crianças/adolescentes (5,8%) apresentavam algum tipo de deficiência física e/ou sensorial segundo informação das mães. Identificaram-se altos índices de punição física não grave (67,6%) e grave (19,6%) na amostra total, assim como na subamostra de deficientes: 61,7% de punição física não grave e 10,6% de punição física grave nos últimos doze meses. Na punição física não grave as palmadas nas nádegas apresentaram-se em evidência, já na punição física grave, bater nas nádegas com objetos como vara, vassoura, pedaço de pau ou cinto se destacou. Verificou-se ainda que as crianças e adolescentes com deficiência sensorial apresentaram maior chance de sofrer punição física não grave que os deficientes físicos (OR: 5,0; IC 1,2-20,4. p 0,03). Conclusão: Devido às altas taxas de punições encontradas, seria de extrema importância a implementação de sistemas de prevenção da violência praticada contra as crianças e adolescentes com deficiência. Entidades de proteção à criança/adolescente e serviços de apoio a famílias, com atenção especial àqueles que possuem deficiência sensorial, ou seja, menos visíveis, podem vir a contribuir para melhor assistência evitando o agravamento dos problemas e o surgimento de novos casos. |