Reconhecimento de faces familiares em indivíduos com síndrome de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lourenção, Luciana Cristina lattes
Orientador(a): Paula, Cristiane Silvestre de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22617
Resumo: Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID) constituem um grupo de desordens do comportamento duradouras e persistentes que se caracterizam por comprometimento qualitativo da comunicação e da interação social, padrões restritos de interesses e presença de comportamentos estereotipados e maneirismos. Evidências crescentes mostram um estilo de processamento visual atípico no autismo, que faz parte desse grupo de desordens. O objetivo deste estudo foi verificar o reconhecimento de faces familiares e não familiares em indivíduos com síndrome de Asperger (SA) e com TID Sem Outra Especificação (TID-SOE) e compará-lo com o de um grupo-controle. Para tanto, utilizaram-se figuras de faces familiares holísticas (face inteira e perfil) ou de partes da face (olho, nariz e boca). Participaram da pesquisa 14 crianças do sexo masculino com idades variando de 6 a 12 anos. As sete crianças com SA e TID-SOE formaram o grupo-caso, e outras sete com desenvolvimento típico, o grupo-controle. Foi estabelecido como critério de inclusão QI mínimo de 70, avaliado pelo WISC em toda a amostra. As crianças do grupo-caso foram avaliadas com a aplicação do Autism Screening Questionnaire (ASQ) e do Screening Questionnaire for Asperger Syndrome (ASSQ). Considerando o grupo-caso, encontrou-se diferença significativa (p = 0,018) nos acertos quando comparadas figuras de faces familiares (100%) e não familiares (42%). Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação ao número de acertos e ao tempo necessário para o reconhecimento da prancha familiar de face inteira. Supõe-se que os indivíduos com SA e TID-SOE conseguem desenvolver uma forma holística de processamento mediante uma face inteira familiar muito íntima.