Ensino de redação no brasil do século XX: uma análise historiográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araújo , Carlos Henrique Teixeira de
Orientador(a): Batista, Ronaldo de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39450
Resumo: Esta tese tem por objetivo, por meio de uma perspectiva historiográfica, analisar o desenvolvimento do ensino de redação no Brasil, no século XX. Essa investigação procura continuidades e descontinuidades de teorias e metodologias linguísticas adotadas em livros didáticos em relação ao ensino de redação. Isto é: almeja-se entender como uma dimensão sociocultural implica o ensino de língua e as definições de língua e linguagem. Concentra-se, pois, em lições de dissertação nas obras aqui selecionadas a fim de compreender os mecanismos e os encaminhamentos didáticos por meio do progresso das teorias da linguagem no horizonte histórico. Desse modo, duas perguntas orientam a análise: (a) Qual a configuração histórica dos materiais didáticos de produção de texto no contexto educacional brasileiro? (b) Quais as ideias e teorias textuais estavam em voga na época, ou seja, qual é a visão de linguagem e língua materializada nos livros didáticos adotados em sala de aula? A reconstrução histórica em forma desta narrativa se deu por meio da observação de fontes históricas materiais (livros didáticos e manuais de redação). Selecionaram-se livros didáticos tidos como referência para o ensino médio – antigo segundo grau – no século XX, a saber: Português para o curso técnico (1958), de José Cretella Júnior; Técnica de redação (1978), de Magda Soares e Edson Nascimento; Encontros de redação, de Jayme Barros (1984), Curso de redação (1998), de Hildebrando A. de André; Do texto ao texto (1991), de Ulisses Infante; Texto e interação (2005), de William R. Cereja e Thereza C. Magalhães; Para entender o texto (2007), de José Luiz Fiorin e Platão Savioli. Para o estudo, foram empregados conceitos teóricos (que procedimentos metodológicos) da Historiografia da Linguística: continuidade e descontinuidade; dimensão interna e externa; princípios da contextualização, de imanência e de adequação; programas de investigação; grupos de especialidade; argumento da influência e recepção de teorias e saberes. O contexto cultural implica mudanças nas percepções de entendimento da língua, principalmente por meio das evoluções e das recepções da ciência da linguagem, por isso conjecturou-se, nesta tese, por meio de um olhar retórico, os movimentos pendulares entre novo e antigo no ensino de redação. Pode-se, portanto, constatar as alterações das visões linguísticas a cada época do século XX.