Bibliotecas digitais infantis e o mercado editorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira , Mariana Amargós
Orientador(a): Lajolo, Marisa Philbert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32245
Resumo: A literatura, assim como tudo ao nosso redor, está em constante evolução, refletindo-se nela também inovações tecnológicas. Os livros mudaram seus formatos ao longo dos anos e, com o advento da internet, eles também foram parar no universo digital. Com o surgimento dos e-books estáticos, alguns condenaram a vida útil do livro impresso, mas será que há realmente uma competição entre eles? Essa e outras questões buscamos refletir neste trabalho, pois quando falamos de livros produzidos para as crianças no universo digital, a polêmica é ainda maior. Com o objetivo de investigar o surgimento das bibliotecas digitais voltadas para o público infantil e o aumento da procura por esse recurso durante a pandemia da COVID-19, além do aumento do compartilhamento dos PDFs de maneira ilegal, analisamos também o mercado editorial através das pesquisas Retratos da Leitura no Brasil, O Brasil que Lê e Nielsen, e verificamos um aumento na produção e circulação do livro digital, em formato e-book. Além disso, levantamos a questão se o digital pode democratizar a leitura, visto que um e-book pode chegar mais rápido a qualquer canto do Brasil do que o livro físico. Para isso analisamos o livro A Sapa Tônia, de Tati Rivoire, publicado pela editora Dagoia, caracterizado como um livro-objeto, e que foi transposto para a biblioteca digital Bamboleio; um livro que é comercializado em feiras de publicação independente e que dificilmente é encontrado em livrarias, e que estando alocado em uma biblioteca digital tem a chance maior de alcançar mais leitores. Verificamos que existem muitas barreiras, como por exemplo os custos para a produção e manutenção desses aplicativos, a quantidade de livrarias ínfimas existente fora dos grandes centros, além da instabilidade ou até ausência da internet quando estamos tanto no interior quanto nos extremos do Brasil. Mas, o que buscamos demonstrar é que mesmo com todas as adversidades, o livro digitalizado e as bibliotecas digitais precisam deixar de ser um tabu e se transformar em um aliado para a democratização da leitura.