Escolarização inclusiva e Transtornos do Espectro do Autismo no município de Barueri (SP): perfil doa alunos e perspectivas dos pais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana de lattes
Orientador(a): Paula, Cristiane Silvestre de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22519
Resumo: Apesar do emaranhado de documentos legais que preconizam uma educação de qualidade para todos, existe uma evidente carência de pesquisas que demonstrem como tem se dado na prática o processo de escolarização de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) na rede pública de ensino. Esse processo ainda representa um grande desafio por exigir uma adaptação da escola como um todo e, em se tratando de um aluno com Transtornos do Espectro Autista (TEA), o desafio é maior em virtude das manifestações comportamentais desses sujeitos. O objetivo do presente estudo foi mapear a situação e a dinâmica de inclusão de alunos com TEA de um município paulista, segundo a perspectiva dos pais. O estudo foi realizado na cidade de Barueri, Estado de São Paulo, com todas as mães/principais responsáveis pelos alunos com diagnóstico de TEA matriculados no 1º ao 9º ano das escolas municipais de Ensino Fundamental (N=44). Os instrumentos utilizados na pesquisa foram: avaliação clínica baseada no DSM-IV, o Autism Screening Questionnaire - ASQ, o Autism Behavior Checklist - ABC, bem como um questionário sociodemográfico e um questionário semi-estruturado relativo aos aspectos educacionais do aluno. Os principais resultados do estudo indicam que ainda existem crianças com TEA que não frequentam a escola regular e que entre os matriculados, uma parte expressiva permanece na escola por menos tempo que o estabelecido pela Secretaria de Educação do município. Além disso, verificou-se uma insatisfação por parte dos pais com relação aos serviços prestados nessas escolas justificada principalmente pela falta de formação do professor em atender as necessidades específicas das crianças com TEA. Apesar de esses resultados serem decorrentes de uma pesquisa conduzida em um único município, eles poderão ajudar a compreender como está sendo realizado o processo de escolarização inclusiva, sendo um dos raros brasileiros com população representativa dos escolares de uma dada região. Sem a mínima pretensão de findar um tema tão recente e polêmico, o presente estudo se configura apenas o início de uma investigação de teorias e dados empíricos que objetivam refletir na elaboração de políticas públicas mais eficazes e claras, oferecendo ao aluno com TEA, qualidade no seu processo de escolarização.