Treinamento de professores no manejo comportamental de cinco alunos com transtornos do espectro do autismo na condição de inclusão escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Khoury, Laís Pereira lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22538
Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) se caracteriza por uma heterogeneidade de sinais e sintomas que afetam consideravelmente a adaptação psicossocial da pessoa acometida. Por exemplo, ausência de atenção compartilhada, déficits de comunicação, interação social, iniciação de atenção social compartilhada, comportamentos de solicitação e problemas de comportamento. Assim como outros transtornos do desenvolvimento, crianças com TEA desenvolvem necessidades educacionais especiais (NEE) devido às condições clínicas comportamentais, cognitivas, de linguagem e de adaptação social que elas apresentam. No Brasil existe uma legislação específica que associa este quadro clínico à condição de pessoa com NEE. O conjunto de todas as alterações comportamentais, de comunicação e de linguagem presentes no autismo interfere na inserção e adaptação no ambiente escolar de alunos com esse transtorno. Evidências científicas em relação às estratégias de intervenção apontam para a abordagem comportamental como uma das modalidades que mais contribui com a melhora e amenização de diversos problemas tipicamente associados ao TEA (problemas de comportamento, habilidades sociais, habilidades da vida diária, comunicação social, dentre outras). O objetivo geral do estudo foi desenvolver, aplicar e avaliar a eficácia de um programa de treinamento para professores sobre estratégias de manejo comportamental de alunos com TEA. O projeto foi desenvolvido em cinco escolas de Ensino Fundamental I da secretaria municipal da cidade de Barueri. A amostra foi composta por cinco alunos com TEA na faixa etária de 6 a 10 anos regularmente matriculados em escolas do Ensino Fundamental I (EF I) do município de Barueri e seus respectivos professores totalizando por 10 participantes. Foram utilizados os seguintes instrumentos: a) Escala de inteligência de Wechsler para crianças (WISC III), b) Versão brasileira do Inventario de Problemas Comportamentais 32 (BPI/01), c) Inventário de Comportamentos Autísticos (ABC), d) Registro de observação de comportamentos, e) Questionário para verificação do nível geral de conhecimentos que o professor tem sobre TEA. O estudo foi realizado em três fases: Fase I: avaliação inicial mediante uso dos instrumentos acima; Fase 2 Intervenção; Fase III: Pós-intervenção. Os principais resultados mostraram caso-a-caso que todas as crianças, diminuíram os problemas de comportamento conforme ambos os instrumentos padronizados de avaliação comportamental e de acordo com as taxas de problemas de comportamento registradas antes e após a intervenção. Os indicadores problemas comportamentais que mais diminuíram as frequências foram a agressividade, autoagressividade e estereotipias. Na fase pós-intervenção foram registrados novos comportamentos adequados e adaptativos no contexto de sala de aula. Os professores melhoraram qualitativamente os conhecimentos sobre TEA e, conforme os resultados obtidos parece ser que passaram a utilizar estratégias adequadas de manejo comportamental desses escolares. Conclui-se que o guia de orientações desenvolvido mostrou uma tentativa eficaz para o manejo de contingências de baixo custo. Os dados, embora restritos à amostra do estudo, mostram viabilidade de uso do guia desenvolvido no contexto de sala de aula.