O livro como espetáculo: transformações do campo editorial com o advento dos e-books

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Duarte, Marcos Nepomuceno lattes
Orientador(a): Mizukami, Maria da Graça Nicoletti lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24597
Resumo: O advento do e-book coloca um desafio para todos os profissionais que atuam no campo editorial tradicional (ou seja, baseado em livros impressos), sejam autores, agentes literários, editores, livreiros, designers, gráficas ou leitores. Essa situação se agrava em países como o Brasil, onde o mercado editorial é menos representativo e avançado que em alguns países considerados desenvolvidos. De forma similar aos assuntos que envolvem temas da cibercultura, as abordagens sobre o livro digital em especial aquelas que o confrontam ao livro impresso dividem-se entre apocalípticos e integrados (nos apropriando da célebre formulação de Umberto Eco); ou seja, entre os que advogam o fim do livro impresso (em códice, como todos o conhecemos) e os que defendem sua sobrevivência. Ambos os grupos partem de uma mesma premissa: aquilo que denominamos de e-book é um sucessor natural do livro impresso. Essas discussões desconsideram aspectos relacionados à sociedade contemporânea: o fato de vivermos em uma época pautada pela transitoriedade, pela inovação e pela diversidade; do capitalismo ter avançado para um estágio em que as relações sociais e econômicas são mediadas por imagens (ou, na famosa formulação de Guy Debord, a Sociedade do Espetáculo ); de que o conceito de leitura ampliou-se de forma significativa, orientado por aquilo que podemos chamar de pós-cinema , quando um sem-número de pequenas telas tornaram-se parte irrevogável de nossas vidas, alimentando uma cultura de fruição audiovisual eminentemente hipermidiática (e, por isso, centrada no uso de múltiplas linguagens e signos); o fato do livro, especialmente o livro didático, tornar-se mais que um produto, se transformar em um serviço em rede, ofertado por grupos empresariais capazes de fornecer uma experiência espetacular de leitura. Nesta tese, investiga-se o desenvolvimento dos e-books sob a ótica das linguagens e da educação, buscando construir uma análise pautada nas especificidades de uso e fruição da linguagem hipermidiática (que exige o domínio dos códigos verbal, sonoro e visual).