Um olhar sobre o ensino de Libras na formação inicial em pedagogia: utopia ou realidade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lopes, Raquel Aparecida lattes
Orientador(a): Ribeiro, Miriam Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22543
Resumo: Esta pesquisa emerge das inquietações presentes no cotidiano escolar de uma escola da rede pública estadual de ensino, na qual é possível perceber que os professores se deparam com dificuldades relacionadas ao processo de comunicação através da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Tal fato incita à discussão sobre a formação inicial em Pedagogia e corrobora os questionamentos acerca dos saberes-docentes presentes na disciplina de Libras: As ferramentas de ensino oferecidas na disciplina pelas universidades são satisfatórias para suprir a necessidade do professor no trabalho com estes alunos? Quais conhecimentos seriam suficientes para que o professor consiga desenvolver de forma significativa sua prática pedagógica? Partindo dos questionamentos propostos este estudo tem como objetivo analisar os conhecimentos adquiridos pelos estudantes de Pedagogia na disciplina de Libras, assim como verificar a opinião dos mesmos quanto ao seu preparo para atuar com alunos Surdos. Para tanto, optou-se por uma abordagem de cunho qualitativo, em que foram investigados 58 estudantes de duas instituições privadas de Ensino Superior do Estado de São Paulo, nas quais estão concluindo o curso de Pedagogia e se formando para serem professores. Como referência utilizou-se as contribuições que os estudos da área da surdez têm proporcionado às investigações acerca dessa temática, fundamentadas nos escritos de Carlos Skliar, Maria Cecília de Moura, Ronice Muller de Quadros, Elcie Salzano Masini, entre outros, partindo de uma visão sócio-antropológica da surdez. A estas discussões acrescentam-se as ideias sobre a importância da Língua de Sinais nos ambientes educacionais elaboradas por Neiva de Aquino Albres e Fernando Cesar Capovilla. Pôde-se concluir, com base nas análises empreendidas no corpus que os estudantes não se sentem confortáveis com seus conhecimentos acadêmicos para atuar com alunos Surdos, apontando a necessidade de um aumento da carga horária da disciplina de Libras, maior quantidade de aulas práticas, assim como a necessidade de entrar em contato com o Surdo (no relacionar-se) para aprender a Língua de Sinais. Foi possível identificar a partir das opiniões dos estudantes sobre a melhoria do ensino de Libras na universidade, três categorias predominantes: carga horária reduzida, poucas aulas práticas, falta de contato com o Surdo. As análises também permitiram visualizar o pouco conhecimento dos estudantes na comunicação através da Libras, o que reforça o despreparo para atuar na educação das pessoas Surdas, além da necessidade de repensar a organização da disciplina de Libras nos currículos de Pedagogia.