A demanda por resseguro antes e após o termino do monopólio brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mendes, Claudio Rosa lattes
Orientador(a): Geron, Cecilia Moraes Santostaso lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26408
Resumo: A indústria de resseguro tem provado ser capaz de reduzir impactos econômicos decorrentes de eventos catastróficos. A disseminação desse mercado também contribuí para o desenvolvimento da indústria de seguros através do compartilhamento de conhecimento, lançamento de novos produtos e redução dos custos. No Brasil, do ponto de vista histórico, entre o período de 1939 até 2007, o mercado de resseguro ficou sob gestão de um monopólio, justificado principalmente pelo desejo de incentivar o desenvolvimento do mercado de seguros. O término do monopólio foi acompanhado por uma expansão no número de resseguradores que, porém, não se refletiu em um crescimento significativo em valores financeiros do mercado. Com base no ano de 2016, o mercado de resseguro brasileiro representou 3,7% do mercado de seguros, relação que é inferior a existente no restante da América Latina, África, América do Norte, Europa e Oceania. Nesse contexto, essa pesquisa quantitativa descritiva teve como objetivo estudar a relação entre a demanda por resseguro, variáveis intrínsecas à operação das seguradoras e modificações regulatórias no mercado. Para tanto, analisou-se variáveis financeiras e não financeiras de 37 seguradoras atuantes no mercado brasileiro de seguros gerais, capitalização e previdência. O período selecionado para análise foi de 2003 até 2018, contemplando assim cinco anos de existência do monopólio de resseguro no mercado brasileiro e onze anos após seu término, ocorrido no final de 2007. Conclui-se que existe uma relação direta e estatisticamente significante entre a demanda de resseguro e seguradoras que utilizam o resseguro como forma de administração da volatilidade dos sinistros. Notou-se também, com um nível de significância reduzido, uma relação positiva da demanda de resseguro com o nível de concentração em produtos corporativos e com o término do monopólio. Em situação oposta, a pesquisa demonstrou uma relação negativa significante entre o volume de sinistros e a demanda de resseguro, fato que pode ser justificado pelo custo do resseguro.