O belo e o grotesco em personagens femininas de Memórias póstumas de Brás Cubas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Azevedo, Patrícia Aparecida de lattes
Orientador(a): Bridi, Marlise Vaz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25407
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo apresentar uma análise interpretativa das personagens femininas que compõem o universo de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, sob as perspectivas teóricas das personagens e das imagens grotescas, com enfoque no par de personagens Virgília e Eugênia, estabelecendo um paradigma com as demais personagens femininas presentes neste romance. Para tecer a diversidade utilizada por Machado de Assis na constituição dessas personagens femininas, apresentamos, no capítulo teórico, os subsídios referentes não só à construção da personagem, como também ao grotesco. Na construção das personagens e do grotesco na literatura, utilizamos as teorias apresentadas por Foster, Bakhtin, Rosenfeld, Antonio Cândido e Kayser, entre outros escritores. Partimos do pressuposto de que as personagens femininas machadianas têm forte personalidade. Algumas delas estão sempre no comando da situação em que vivem; outras, embora com menor expressividade, também deixam suas marcas significativas por onde passam. As personagens femininas Virgília e Eugênia, bem como as outras por nós analisadas, presentes no romance, nem sequer são as protagonistas da história, mas são tão marcantes que sobressaem mais do que o próprio Brás Cubas, pela maneira como se comportam, pela posição que ocupam na sociedade e pelo poder das decisões que tomam perante as circunstâncias que a vida lhes impõe. A análise das personagens femininas mostra que Machado é o primeiro autor a inovar na constituição dessas mulheres, principalmente em termos de autonomia. Por isso o romance em pauta, mesmo tendo sido escrito nos fins do século XIX, a cada leitura surpreende seu leitor de maneira apaixonante.