A estética do terror: perspectiva visual, sociocultural e religiosa nos vídeos de execução do Estado Islâmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Jesner Esequiel dos
Orientador(a): Coutinho, Suzana Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33666
Resumo: Após os ataques às torres gêmeas do World Trade Center (2001) houve uma crescente desestabilização em alguns países do Oriente Médio, gerando aquilo que ficou conhecido como a “guerra ao terror”, e posteriormente a Primavera Árabe. Esses movimentos bélicos e sociais possibilitaram a criação de diversos grupos armados sem ligação com o Estado, principalmente na Líbia, Iraque e Síria, trazendo ideologias, teologias e etnias diferentes, gerando um caos ainda maior. Dentre esses grupos, uma ramificação da Al-Qaeda do Iraque destacou-se de todos os demais, pois dominaram grandes porções territoriais e iniciaram a produção em massa de vídeos de execução que imitavam a estética de Hollywood, chamando imediatamente a atenção do Ocidente. Eles possuíam produtoras bem organizadas, equipamentos de qualidade, seus membros falavam inglês fluente e centenas de estrangeiros foram recrutados em pouco tempo. Nossa pesquisa analisa os vídeos de execução do Estado Islâmico, apontando caminhos interdisciplinares que perpassam a estrutura audiovisual, histórica, sociocultural e religiosa. Portanto, apontamos um resumo histórico dos principais fatores que contribuíram para a criação do grupo, mostramos a gênese dos vídeos de execução, analisamos os vídeos produzidos pela Al-Qaeda, Free Syrian Army, Al-Nusra e pôr fim do Estado Islâmico, apresentando os principais elementos audiovisuais que foram refinados esteticamente de seus predecessores e os motivos estéticos, socioculturais e religiosos que impulsionaram esse grupo na busca por pessoas do Ocidente, mostrando o perfil daqueles que aceitaram o chamado da jihad e migraram para o Iraque ou Síria.