Inclusão de crianças com Síndrome de Down e Paralisia Cerebral no ensino fundamental I: comparação entre os pontos de vista de pais e professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ferraz, Clara Regina Abdalla lattes
Orientador(a): Carreiro, Luiz Renato Rodrigues lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22665
Resumo: A comunicação entre pais e professores é fundamental para o efetivo trabalho com crianças com Síndrome de Down (SD) e Paralisia Cerebral (PC) em várias situações do dia a dia. Ambos possuem informações importantes sobre como lidar com a criança, podendo assim criar estratégias de aprendizado nos contextos domiciliar e escolar. O objetivo desse trabalho foi conhecer o processo de inclusão do aluno com SD e PC matriculados na Rede de Ensino Público em um município do Estado de São Paulo, a partir da comparação dos discursos de seus pais e professores. Para isso, buscou-se: conhecer as expectativas em relação ao processo de inclusão e escolarização dessas crianças; verificar as informações que os pais possuem sobre o trabalho realizado com seus filhos e como os professores avaliam sua atuação com essas crianças; verificar como se estabelece a comunicação entre pais e professores e avaliar como essa comunicação pode afetar o processo de inclusão. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas, com 4 mães de crianças com SD, 4 mães de crianças PC e seus respectivos professores. Os dados foram analisados qualitativamente pela criação de categorias de respostas a partir do discurso dos participantes. Tais categorias foram comparadas no grupo de pais, no de professores e entre esses grupos. Foi possível concluir que tanto as mães das crianças com SD como as daquelas com PC esperam que a escola alfabetize seus filhos; quanto aos professores, eles esperam que esses alunos, a partir do momento em que entram na escola, consigam ser alfabetizados e tornem-se independentes em suas ações cotidianas. Os resultados indicaram inadequações semelhantes no processo inclusivo dessas crianças, mesmo tratando-se de deficiências distintas. Os pais percebem a inclusão como integração social e diminuição do preconceito, ainda que considerem a aprendizagem muito abaixo do esperado. A comunicação entre pais e professores não se fortalece de forma construtiva, sendo necessário criar momentos para isso se estabeleça de modo adequado, já que as informações e o apoio dados pelas mães ao aprendizado de seus filhos contribuem com desenvolvimento da criança com deficiência em sala de aula.