Direito das energias renováveis: aperfeiçoamento das tutelas jurídicas para a propulsão da transição energética
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/39248 |
Resumo: | O trabalho propõe uma recomposição da matriz energética do Brasil por meio de uma reavaliação da regulação jurídica disponível para o setor energético, com o fim de auxiliar o crescimento das fontes renováveis na estrutura energética, propiciar governança estratégica, coordenar a atuação dos diferentes grupos de interesse e agregar resultados positivos em todos os subsistemas da cadeia de valor. A hipótese é que uma estrutura jurídica adequada contribuirá para a produtividade marginal e a competitividade da indústria, permitindo um efeito multiplicador sobre a inovação, a educação e o desenvolvimento econômico. Isso porque a substituição das fontes fósseis de energia por tecnologias energéticas limpas e mais acessíveis poderá auxiliar na propulsão de outras inovações e influir no barateamento dos produtos de outros segmentos industriais e no aumento da competitividade. O problema é que a implementação de medidas para o desenvolvimento inclusivo e sustentável enfrenta resistências de grupos de interesse antagônicos, ligados às indústrias tradicionais, que ora impedem a aplicação de instrumentos pigouvianos, aplicados para mitigar as externalidades negativas advindas das energias fósseis, ora dificultam a retirada de renúncias fiscais que beneficiam indústrias já consolidadas. A matriz energética brasileira apresenta vantagens comparativas em relação ao resto do mundo, porém, ainda inclui fortemente fontes fósseis (diesel, gasolina e gás natural) e renováveis predominantemente tradicionais (hidrelétrica e biomassa), mais caras e com restrições ambientais. Em contraposição, as novas renováveis, ainda sem presença expressiva na matriz energética, estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e à demanda mundial que já se mostra evidente ao se observar a recente transição energética iniciada pelos países desenvolvidos. A pesquisa está alinhada aos ensinamentos teóricos do planejamento, da inovação e da governança. De igual modo, utilizando a metodologia da Análise Documental, a pesquisa apresenta seus resultados com base na análise dos mais recentes dados produzidos por instituições oficiais do setor energético, como a Empresa de Pesquisa Energética, além de organizações internacionais e estudos realizados junto à Universidade de Columbia. Ao final, os resultados sugerem alterações na estrutura do conselho energético ligado ao Poder Executivo para que possa assumir com êxito a coordenação dos arranjos institucionais policêntricos e permitir a realização de um diagnóstico preciso para a elaboração de um planejamento estratégico para o país, com a missão de alavancar o desenvolvimento da indústria das novas energias renováveis no Brasil como vetor do crescimento econômico e da diminuição das desigualdades sociais. |