Funções executivas e tomada de decisão em crianças do ensino fundamental I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Caterino, Ana Paula lattes
Orientador(a): Macedo, Elizeu Coutinho de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24564
Resumo: Funções Executivas podem ser definidas como um conjunto de habilidades que são utilizadas em situações cotidianas a fim de controlar pensamentos e ações direcionadas a um objetivo específico. Essas habilidades têm grande importância e influência no desenvolvimento emocional e cognitivo durante a infância e a adolescência. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo analisar o desempenho em testes de funções executivas frias e a habilidade de tomada de decisão em crianças do Ensino Fundamental I de idade entre 6 a 10 anos. Participaram do estudo 146 estudantes de duas escolas particulares da Grande São Paulo. Para avaliação da habilidade de tomada de decisão foram aplicados os seguintes instrumentos Iowa Children Gambling Task e a Delay of Gratification (postergação de gratificação) adaptada. Para avaliação das Funções Executivas frias (controle inibitório, flexibilidade cognitiva, memória de trabalho e planejamento): Teste dos Cinco Dígitos, Teste de Fluência Verbal, Teste de Nomeação Alternada Rápida, Teste da Figura Complexa de Rey, Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey. Os resultados revelam diferenças significativas em função da idade para todas as medidas relacionadas com os processos de tomada de decisão no Children Gambling Task, mas não para a prova de Delay of Gratification. Para as funções executivas frias, os resultados mostram diferenças significativas para todas as medidas obtidas com o Teste dos Cinco Dígitos e de tempo de realização dos testes de nomeação alternada rápida. Para o teste de Fluência Verbal foi observada diferença para o número de itens evocados que começavam com uma letra específica. Os resultados no teste de Aprendizagem Auditivo Verbal mostrou diferença em todos os itens, exceto para a prova de reconhecimento. Por fim, foram observadas diferenças significativas para o número de itens corretos no Teste de Figura Complexa de Rey, mas não foram observadas diferenças no tempo de realização do teste. Em todos os resultados, os escores das crianças mais velhas foi melhor do que o das crianças mais novas, sendo que, de modo geral, crianças de 6 e 7 anos de idade tenderam a apresentar desempenho semelhante. Além disso, crianças de 9 e 10 anos também tenderam a ter padrão de resposta semelhante nos testes. Dessa forma, o presente estudo corrobora com dados encontrados anteriormente e mostram mudanças significativas nessa faixa etária.