Avaliação da eficácia da microinfusão de metotrexato nas lesões de couro cabeludo de pacientes com Alopécia frontal fibrosante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Tatiane Elen de
Orientador(a): Skare, Thelma Larocca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38774
Resumo: Introdução: a alopecia frontal fibrosante (AFF) é uma forma de alopecia cicatricial linfocítica primária, com perda de pelos na linha de implantação frontal (LIF) do couro cabeludo (CC) e outras áreas corporais. Consiste em uma doença sistêmica e multifatorial, com influência genética, hormonal, ambiental, racial e, por vezes, de gênero. A associação de drogas tópicas e sistêmicas, como o metotrexato (MTX), não controla a atividade da doença, na maioria dos casos. sendo necessárias novas terapêuticas, por ser quadro progressivo e irreversível. A técnica de microinfusão de micropartículas através da pele (MMP®) é minimamente invasiva e pouco dolorosa ou indolor. Objetivo: avaliar a eficácia da microinfusão de metotrexato na AFF. Casuística e Métodos: ensaio clínico prospectivo, controlado, realizado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, com 17 participantes acima de 18 anos, voluntários, com diagnóstico clínico e histológico de AFF. Foram feitas aplicações de MTX por MMP® a cada 30 dias, em um total de 03 aplicações, apenas na metade direita da área de alopecia. A outra metade serviu como controle. As medidas frontoglabelar e frontotemporal, fotos de dermatoscopia analisadas por avaliadores externos e cegos aos resultados, sinais e sintomas e o Índice de Atividade do Líquen Plano Pilar (LPPAI) foram critérios de avaliação. Acompanhou-se, ainda, hemograma e provas de função hepática. Resultados: houve diferença estatística das medidas frontoglabelar e frontotemporal direita, com redução significativa (com p =0,011 e p= 0,001 respectivamente), enquanto que a medida frontotemporal esquerda aumentou significativamente (p=0,012). Quanto aos sintomas, observou-se melhora no prurido (p=0,03) e descamação (p=0,01), mas não da queda capilar e eritema local (p>0.05). A análise das fotos de dermatoscopia e o cálculo do LPPAI não demonstraram mudanças significativas. Cerca de 95% dos participantes se mostraram satisfeitos ou muito satisfeitos com os resultados e nenhum deles apresentou alterações dos exames laboratoriais. Conclusão: a aplicação de MTX por MMP® mostrou redução significativa dos sintomas associados à AFF, e melhora nas medidas frontoglabelares e frontotemporais. A técnica mostrou-se segura e foi bem tolerada.