Escola, folclore e cultura : perspectivas políticas e pedagógicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Biasi, Loreci Maria lattes
Orientador(a): Marcon, Telmo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Educação
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/647
Resumo: Esta dissertação investiga as concepções que os educadores das escolas municipais de ensino fundamental de Tapejara/RS, têm sobre folclore e cultura. Com base em uma pesquisa bibliográfica e exploratória busca aprofundar de que forma as concepções de folclore e cultura estão articuladas às políticas públicas em nível municipal e federal, bem como aos projetos político-pedagógicos das escolas. A dissertação está estruturada em três capítulos. No primeiro, discute-se o conceito de cultura, a sua origem e desenvolvimento histórico até os dias atuais, tendo por base a produção bibliográfica de autores como Burke, Bosi, Williams, Cuche, Hall. No seguinte, são abordadas as concepções de folclore, tendo como referência fundamental as contribuições de Florestan Fernandes. No terceiro capítulo, os resultados de um questionário aplicado a professores que atuam em escolas municipais de Tapejara são analisados com vistas a sistematizar as concepções dos professores em relação aos conceitos de cultura e de folclore; as atividades reconhecidas como folclóricas que são realizadas pela escola; as políticas relativas ao folclore no âmbito municipal e em nível estadual e federal; a perspectiva de transformação do folclore em disciplina curricular; e, finalmente, como o folclore se faz presente nos projetos político-pedagógicos das escolas. De um modo geral, a pesquisa evidenciou que as concepções de folclore e de cultura entre os professores não são muito claras e, por vezes, são tomadas como sinônimas. As atividades caracterizadas pelos professores como sendo folclóricas são, em geral, fragmentadas e descontextualizadas do ambiente escolar. Essas posturas decorrem da ausência de uma discussão mais aprofundada sobre folclore entendido como parte de um todo social. Nesse sentido, Florestan Fernandes traz uma importante contribuição ao afirmar que o folclore é parte integrante da vida social, está imbricado aos processos e relações sociais e tem uma importante função socializadora, especialmente junto às crianças. Através de cantigas, danças, contos, brincadeiras, festas, adivinhas, lendas, etc., transmitem-se valores, experiências e tradições. Essas realidades, mesmo com os fortes impactos resultantes da modernização tecnológica, não desapareceram. Nesse sentido, a escola pode aprofundar as questões discutidas na presente dissertação e trabalhá-las enquanto parte do seu projeto político-pedagógico