Comparação do Tacrolimus 0.03% tópico e Plasma Rico em Plaquetas Homólogo injetável no tratamento de ceratoconjuntivite seca em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Estanho, Giovana José Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciência Animal
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1406
Resumo: O objetivo do estudo foi comparar o uso convencional do imunossupressor tacrolimus 0.03% colírio com o plasma rico em plaquetas homólogo (PRPH) injetável, em cães com ceratoconjuntivite seca (CCS). Foram avaliados 66 olhos, 22 olhos do grupo controle negativo (GCN) provenientes do canil da Unoeste, 22 olhos do grupo tacrolimus (GT) e 22 olhos do grupo plasma rico em plaqueta homólogo (GPRPH), sem predileção racial, etária ou sexual, atendidos pelo serviço de oftalmologia do Hospital Veterinário da Unoeste e diagnosticados com CCS, conforme o Teste Lacrimal de Shirmer-1 (TLS-1) e Teste de Ruptura do Filme Lacrimal (TRFL). O GT recebeu topicamente colírio tacrolimus 0.03%, 1 gota em ambos os olhos, 2x/dia, e o GPRPH aplicação injetável de 0.3 ml de PRPH, 0.1 ml na conjuntiva palpebral inferior, 0.1 ml na superior e 0.1 ml na glândula da terceira pálpebra, 1 vez a cada 30 dias, conforme melhora dos sinais de CCS, totalizando, no máximo, três aplicações. Os animais foram avaliados mensalmente por 6 meses pelos sinais clínicos e testes oftálmicos específicos: Teste Lacrimal de Shirmer-1, Teste de Osmolaridade (TOL), Teste de Meniscometria de Tira (TMT), Teste de Ruptura do Filme Lacrimal, Teste de Fluoresceína (TF) e Teste de Lissamina Verde (TLV). O GPRPH, dos 11 cães (n=22 olhos) tratados, o número necessário de aplicações que melhoraram os sinais oculares iniciais foram: 36% (4 cães) receberam 3 aplicações, 55% (6 cães) receberam 2 aplicações, e 9% (1 cão) recebeu 1 aplicação. Os sinais oculares de pigmentação, úlcera e neovascularização de córnea, secreção ocular e hiperemia conjuntiva, apresentaram melhora, em ambos os grupos, até o final do estudo. No GT, ao final do estudo, foi observado aumento significativo (p<0.05) maior do que o GPRPH nos valores de TLS-1, TMT e contagem das células caliciformes. No GPRPH houve uma diminuição significativa (p<0.05) maior do que o GT na contagem de linfócitos e neutrófilos da conjuntiva palpebral. No TRFL e TOL houve amento significativo (p<0.05) dos valores até o final, com desempenho igual do GT e GPRPH. No TF e TLV, ao final do estudo todos foram negativos, com negativação mais precoce do GT no TF, e desempenho igual do TLV em ambos os grupos. De uma maneira geral, ambos os grupos foram equivalentes na melhora dos parâmetros TRFL, TOL e TLV. O tacrolimus 0.03% colírio se mostrou mais eficiente no aumento da produção lacrimal e no número de células caliciformes do que o PRPH. Entretanto, o PRPH injetável demonstrou ser mais eficiente do que o GT, na diminuição das células inflamatórias conjuntivais. Concluímos que o uso injetável do PRP homólogo, necessita em média de 2 a 3 aplicações mensais, é seguro e exequível a nível ambulatorial, financeiramente mais viável do que o tacrolimus, e pode ser utilizado como uma terapia alternativa mais acessível, ou sugerida como adjuvante ao tratamento convencional com imunossupressores tópicos.