Incidência e fatores de risco para o desenvolvimento de candidemia em pacientes internados em um hospital público terciário no oeste do estado de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: YABUNAKA, Kelly Cristina Barzan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1332
Resumo: Candidemia constitui um problema em hospitais terciários, por sua elevada incidência – 3,9 casos por 1.000 admissões e letalidade – 50 a 72%, apesar dos avanços observados no tratamento antifúngico. Assim, nós realizamos uma análise retrospectiva de casos de infecção de corrente sanguínea (ICS) por Candida spp. em um hospital terciário de ensino no oeste do estado de São Paulo, com o objetivo de estudar os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença. Métodos: Aspectos epidemiológicos, clínicos e terapêuticos foram coletados de prontuário médicos e eletrônicos dos pacientes, e registrados em ficha padronizada. Resultados: Vinte e sete casos de ICS por Candida spp, registrados entre janeiro de 2014 a setembro de 2018, foram incluídos no estudo. A análise dos dados clínicos foi realizada em 23 casos, a idade dos pacientes variou de seis dias a 90 anos, sendo 64,0% adultos e 36,0% pediátricos. A taxa de incidência de candidemia foi de 0,88/1000 admissões. Os episódios de candidemia foram registrados em maior número no CTI adulto (61%) e UTI neonatal (26%). Treze pacientes (57,0%) foram a óbito durante a hospitalização, a letalidade foi maior em pacientes com mais de 60 anos (p=0,0003). As principais comorbidades associadas foram: Doença gastrointestinal (38,5 %), seguida de doenças cardiovascular (30,8%.) O agente mais frequente foi Candida albicans (85,2%), e, dentre as C. não-albicans, Candida tropicalis (7,4%), Candida parapsilosis (3,7%) e Candida spp. (3,7%). Conclusões: A prevalência de candidemia por C. albicans foi maior que a encontrada atualmente na literatura. A probabilidade de óbito tende a aumentar à medida que a idade aumenta, doença gastrointestinal foi a comorbidade mais prevalente confirmando achados da literatura. Esta é a primeira descrição de infecção na corrente sanguínea por espécies de Candida no Oeste Paulista, estado de São Paulo, Brasil e confirma a importância das infecções invasivas por Candida spp., na evolução do paciente hospitalizado, principalmente quando idosos e neonatos estão envolvidos