Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bassetto, Carolina Nogueira Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192468
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Resumo: |
Introdução. A candidemia tem-se tornado cada vez mais frequente nos hospitais e apresentado elevada mortalidade. Conhecer a epidemiologia e os fatores prognósticos permite melhor manejo clínico desta infecção. Diante disto, este estudo teve por objetivo avaliar a incidência da candidemia em um hospital de ensino durante os últimos anos, a mortalidade, a prevalência das espécies causadoras da infecção, bem como os fatores prognósticos. Métodos. Este foi um estudo de coorte não concorrente, com pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), que apresentaram diagnóstico de candidemia durante sua internação, entre os anos de 2012 e 2019. Os dados clínicos foram obtidos a partir do prontuário médico. Para a avaliação dos fatores associados ao prognóstico, em análise univariada e múltipla, foi utilizado o modelo de Regressão Proporcional de Cox. Foram consideradas significativas as variáveis com valores de p inferiores a 0,05. Resultados. Ocorreram 314 episódios de candidemia em 288 pacientes. A taxa de incidência foi de 1,66/1000 admissões. A espécie mais prevalente foi Candida albicans (38,8%), seguida de complexo C. parapsilosis (20,4%), C. tropicalis (15,3%), C. glabrata (10,8%) e C. krusei (2,5%). Na população pediátrica houve predomínio de complexo C. parapsilosis (p<0,0001) e C. glabrata nos adultos (p=0,002). A taxa de mortalidade em 30 dias foi de 43,4%, sendo maior em adultos do que pacientes pediátricos (19,3% vs 54,0%; p<0,01). Foram fatores independentes de pior prognóstico a cirrose hepática [HR = 5,03 (1,21 – 20,94), p=0,02] e a hipotensão arterial no momento do diagnóstico da candidemia [HR = 4,79 (1,87 – 12,24), p<0,01] e fatores protetores a terapia antifúngica, tanto com equinocandinas [HR = 0,07 (0,02 – 0,26), p<0,01] quanto com fluconazol [HR = 0,15 (0,05 – 0,41), p<0,01), assim como a remoção do cateter venoso central [HR = 0,35 (0,15 – 0,84), p=0,01]. Conclusão. Este estudo contribui para o melhor conhecimento da epidemiologia da candidemia e também de fatores prognósticos que permitem melhorar o manejo clínico destes pacientes. |