Matriz cimentícia composta por pó de rocha para tratamento de efluentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Maryane Pipino Beraldo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1638
Resumo: O setor da construção civil é um dos maiores consumidores de recursos naturais. Materiais de matrizes cimentícias, como argamassas e concretos, são amplamente utilizados em edificações. Para produção destes materiais, há demanda intensiva de insumos naturais, que por sua vez, geram impactos ambientais em sua extração. A fim de minimizar esses impactos, o uso de resíduos vem ganhando destaque devido suas características, além de reinseri-los no ciclo construtivo. O subproduto da mineração de rochas basálticas, denominando “pó de rocha” é conhecido por suas características físicas e químicas compatíveis com compósitos cimentícios. A literatura reporta seu uso como aditivo em concretos ou em substituição parcial ao cimento ou a areia. Entretanto, uma característica relevante deste subproduto e, pouco explorada, é seu potencial de atuar como semicondutor fotocatalítico. A fotocatálise heretogênea é um dos processos que podem ser empregados no tratamento de efluentes. A interação de um semicondutor com a luz acarreta na formação de espécies radicalares altamente reativas, que atuam na degradação de compostos poluentes. Em vista disso, este trabalho elaborou compósitos de matrizes cimentícias com pó de rocha basáltica em substituição à areia natural, visando à aplicação em tratamento de efluentes. Dessa forma, foram confeccionadas placas de argamassas com substituição parcial de areia por pó de rocha em 25%, 50%, 75% e 100%. O potencial fotocatalítico do material foi testado em placas de argamassa imersas em 500 mL de corante azul de metileno (concentração 10 mg/L), mantidas sob radiação UV em diferentes períodos. As argamassas com pó de rocha basáltica demonstraram eficiência fotocatalítica maior que a argamassa controle em até 48%. Além disso, o pó de rocha também proporcionou a degradação do corante em até 85% mediante à fotocatálise sob luz UV. Portanto, o uso de pó de rocha basáltica é viável na substituição de agregados em compósitos cimentícios, visto que não só reduz a extração de areia natural, mas também reaproveita resíduos da mineração, contribuindo para a sustentabilidade do setor e viabilizando compósitos cimentícios com capacidade fotocatalítica para tratamento de efluentes.