Influência de desreguladores endócrinos no microambiente renal de ratos durante o envelhecimento: aspectos histopatológicos
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde Brasil UNOESTE |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1657 |
Resumo: | Os rins são órgãos essenciais para diversas funções homeostáticas, porém são vulneráveis a danos causados por exposição a produtos químicos ambientais, especialmente desreguladores endócrinos (DE). Esses compostos podem interferir no sistema endócrino e estão associados a uma série de efeitos adversos à saúde, incluindo lesões renais e nefrotoxicidade. A exposição a DE durante o desenvolvimento fetal é particularmente preocupante, pois pode levar a modificações estruturais e funcionais duradouras nos rins, predispondo a doenças renais na vida adulta. Assim, o objetivo do estudo foi caracterizar os efeitos da exposição perinatal a uma mistura de DE sobre a histoarquitetura renal. Fêmeas prenhas da linhagem Sprague-Dawley foram divididas aleatoriamente em 2 grupos experimentais: Grupo Controle: receberam veículo (óleo de milho, 2 ml/kg, por gavagem) e Grupo ED Mix: receberam 32,11 mg/kg/dia da mistura constituída de doze compostos (ftalatos, pesticidas, filtros u.v., bisfenol A, butilparabeno) diluídos em óleo de milho (2 ml/kg), por gavagem. As ratas prenhas ou lactentes recebem o tratamento do dia gestacional 7 (DG7) até o dia pós-natal 21 (DPN21). Após o desmame, no DPN22, os filhotes ficaram alojados até os 440 dias de idade recebendo água e ração ad libitum, quando foram eutanasiados. O rim foi coletado, dissecado e processado para análise histológica. Secções coradas com hematoxilina-eosina e picrossírius foram submetidas à análise fractal, kariométrica, análise de volume glomerular, perímetro nuclear, fator de alongamento e quantificação dos tipos de colágeno. A mistura de DE não alterou o índice organo-somático e peso absoluto do rim. Nos animais expostos à mistura foram observadas lesões como necrose e fusão tubular verificando uma tendência biológica (p = 0,068) para um maior número de alterações patológicas no grupo exposto. Verificou-se aumento do perímetro nuclear e a presença de núcleos maiores no córtex (p < 0,0001) e na medula (p = 0,003) de animais expostos à mistura, além de alteração no padrão de organização celular nas regiões glomerulares (p < 0,0001) e medular (p = 0,0018) destes animais. A exposição à mistura de DE alterou o padrão de organização do colágeno renal, aumentou a fibrose representada pelo aumento do colágeno I e III nos compartimentos cortical e medular (p < 0,0001) e reduziu a quantidade no glomérulo (p < 0,0001). Esses achados sugerem que a exposição perinatal a DE pode alterar a histoarquitetura do microambiente renal durante o envelhecimento, indicando que o ambiente pode impactar na função renal e a saúde ao longo da vida. |