Caracterização morfológica do útero de ratas adultas expostas durante o período perinatal a uma mistura de desreguladores endócrinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FELZENER, Manoel Carlos Melillo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1503
Resumo: Desreguladores endócrinos (DE) são compostos exógenos dispersos no ambiente e que modificam a dinâmica hormonal, causando diversas consequências para a saúde humana, incluindo doenças crônicas, como o câncer. A maioria dos estudos é referente à avaliação dos efeitos de DE isolados ou em pequenos grupos e, assim, não mimetizam a exposição total à qual os seres humanos estão submetidos. Desta forma, pesquisas que mimetizam a exposição humana durante o período perinatal, apoiado na proposta de DOHaD, são importantes para caracterizar os efeitos dos DE na saúde/homeostase a longo prazo, principalmente em órgãos hormônio-dependentes, como o útero. Fêmeas prenhas da linhagem Sprague-Dawley foram divididas em 2 grupos experimentais (Ctrl [veículo] e Mix DE diluídos em óleo de milho, por gavagem) e expostas durante a gestação e lactação a uma mistura de 12 compostos sintéticos incluindo ftalatos, agroquímicos, filtros U.V., bisfenol A e butilparabeno. Após a lactação, os filhotes fêmeas da geração F1 foram mantidas recebendo água e ração ad libtum até completarem 365 dias de idade, quando foram eutanasiadas e os dois cornos uterinos coletados. Fragmentos uterinos foram processados e lâminas histológicas confeccionadas, sendo submetidas às análises histopatológicas, estereológicas e morfométricas. Nos animais submetidos à mistura de DE observou-se redução da espessura do compartimento endometrial e aumento das camadas musculares interna e externa. No epitélio uterino dos animais expostos ao DE observou-se aumento da altura e alteração do fenótipo nuclear, porém sem alteração na dimensão fractal. Por outro lado, a mistura de DE não influenciou a produção de mucinas e o número de mastócitos, bem como no peso dos órgãos. Assim, podemos concluir que a exposição perinatal a uma mistura de DE que mimetiza a exposição humana altera a morfologia uterina, o que pode gerar impactos negativos em processos reprodutivos.