Produção de colágeno na cicatrização de queimaduras com o uso de fibrina rica em plaquetas autóloga em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ramos, Gleyciane Pires Canela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciência Animal
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1607
Resumo: O tratamento de feridas complexas como as queimaduras gerou avanços no uso de engenharia de tecidos e produtos biológicos. A terapia utilizando Fibrina rica em plaquetas autóloga (FRPa) tem apresentado ótimos resultados, pois possui mecanismos e mediadores biológicos que estimulam a angiogênese, promovem crescimento vascular, ativam a proliferação de fibroblastos com consequente aumento da síntese de colágeno, o que difere de outras preparações por promover um alto potencial de cicatrização e neoangiogênese. O presente estudo teve como objetivos avaliar a angiogênese e quantidade de fibroblastos das feridas tratadas ou não com FRPa de forma sequencial e comparativa, além de verificar o potencial de cicatrização da lesão exposta a queimadura e tratada com biomaterial. Foram utilizados 10 coelhos da raça Nova Zelândia, machos, adultos, distribuídos em dois grupos: grupo C-controle (n=5), que receberam tratamento padrão para queimaduras (5g de creme a base de sulfadiazina de prata a 1%), grupo FRPa (n=5), tratados com biomaterial. Para indução das lesões, após anestesia geral dos animais, foram feitas queimaduras com barra de ferro de 30 cm de comprimento pesando 313gr aquecida previamente em água a 720C, e aplicada durante 10 seg/quadrante/coelho. Após este procedimento, os animais receberam cloridrato de Tramadol (4,0mg/Kg, IM), 2 vezes ao dia durante 3 dias consecutivos. As biópsias de pele foram realizadas aos 7,14, 21 e 30 dias pós lesão para avaliar a quantidade de vasos neoformados e fibroblastos. A análise estatística foi realizada a partir do teste de normalidade e homogeneidade de variâncias entre grupos. Diferenças foram consideradas significativas quando P<0,05. O número de vasos foi maior aos 7 (14,0±6,8) e 21(12,8±2,4) dias no grupo tratado com FRPa (p<0,05), quando comparado ao controle (6,6±1,4 e 6,0±3,2, respectivamente). A quantidade de fibroblastos foi em média duas vezes maior no grupo que recebeu o biomaterial (80,8±15,4). Conclui-se que o uso da FPRa em queimaduras é uma alternativa viável para aumentar a neovascularização e produção de fibroblastos para uma cicatrização mais eficiente.