Figuratividade na poesia bucólica de Virgílio

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Ferreira, Thalita Morato [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Leitura; Semiotica; Literatura; Poesia; Semiotica e literatura; Reading
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91512

A poesia de gênero bucólico iniciou-se na Grécia com os idílios do siracusano Teócrito. Em Roma, coube a Virgílio, poeta do Período Clássico na Literatura Latina, as primeiras composições destinadas à descrição do ambiente rústico-pastoril. Assim, entre 42 e 39 a.c, aproximadamente, Virgílio compôs um conjunto de dez poemas que a tradição dos Estudos Clássicos conhece sob o título de Bucólicas. Estes textos, como se sabe, chegaram até nós por meio de ininterruptas cópias; sendo os manuscritos mais antigos que possuímos em papiro na corrente de difusão da Cultura Clássica. Além disso, sabe-se que a poesia de gênero bucólico estendeu sua influência a outros poetas, sendo resgatada no Renascimento e, principalmente, no Neoclassicismo, o que deixa entrever que a vitalidade da poesia bucólica é patente pelo modo como os principais temas e enredos pastoris inspiraram e ainda inspiram os poetas e demais artistas. O presente trabalho tem a preocupação de investigar, em cinco poemas bucólicos de Virgílio, o arranjo particular da linguagem poética, levando em conta a construção expressiva dos textos, a sua figuratividade. Pretende-se, assim, por meio da Semiótica Literária, buscar a compreensão a respeito do que poderia se chamar a vocação imagética de um texto literário. No que concerne aos poemas de Virgílio, serão comentados alguns dos relevos expressivos dos poemas pares, que são considerados, pelos críticos e comentadores da obra do poeta latino, como monodias. Além disso, o trabalho contará com a apresentação das traduções de estudo dos poemas, sempre acompanhadas das necessárias referências culturais. O trabalho é um estudo introdutório sobre o bucolismo, a pastoral de Virgílio e o conceito semiótico de figuratividade, que se funda na ideia de uma representação mimética baseada no “parecer-ser” da expressão...