A importância dos linkages e dos serviços para as indústrias automotivas no corredor asiático no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Takami, Saulo Teruo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152143
Resumo: A atividade industrial, especialmente no setor automotivo, a partir da década de 1970, passou a apresentar desintegração vertical da produção, que pode ser feita por meio de relações interindustriais – linkages – esses consistem nas conexões de insumo-produto entre as indústrias, são oriundos da externalização de etapas produtivas, por meio de processos de subcontratação de outras fábricas ou de trabalhadores, expandindo a produção. Além disso, as unidades produtivas contratam serviços, desde atividades mais comuns, tais como: segurança, limpeza, alimentação, por exemplo, até serviços mais sofisticados, quais sejam: marketing, design, informática, etc. Tais serviços envolvem uma gama de atividades que podem ser intensivas em capitais, tecnologias e mão de obra altamente especializada. Para operar na economia global, as indústrias tiveram que se tornar principalmente mais “flexíveis”. Dessa forma, fica evidente que há circuitos espaciais da produção desde a extração da matéria-prima até os serviços pós-venda, em nível local, nacional e global. Ademais, existem círculos de cooperação entre empresas, indústrias, fornecedores e clientes, havendo interação entre os agentes e, quanto maior for a troca de informações ou conhecimentos, maior será a vantagem competitiva de uma unidade produtiva, em um processo de divisão do trabalho e da produção. A análise dos processos e das estratégias empregadas pelas empresas automotivas selecionadas, nas relações interindustriais e nos serviços demandados pelas unidades produtivas e o papel que tais linkages e serviços vêm desempenhando, contemporaneamente, nos circuitos espaciais e nos círculos de cooperação dessas atividades econômicas foi o objetivo da pesquisa. Em economias avançadas ou não, em regiões metropolitanas ou cidades médias, guardadas as devidas proporções, consolida-se, cada vez mais, o elo indústrias-serviços por meio da terceirização. A partir dos anos 1970, iniciou-se uma desconcentração industrial, na Região Metropolitana de São Paulo, em direção ao interior paulista. Tais fábricas deslocaram-se num raio de aproximadamente 200 km a partir da capital, pois a mesma passou a apresentar uma série de deseconomias de aglomeração. As cidades do interior iniciaram uma política de incentivos fiscais, tais como: doação de terreno; instalação de rede de água, esgoto, energia; isenção de impostos; entre outros. Nesse contexto, a Honda se implantou em Sumaré, em 1997; a Toyota em Indaiatuba, em 1998 e; a Hyundai em Piracicaba, em 2012, formando o Corredor Asiático das Indústrias Automotivas (CAIA) no estado de São Paulo ou na chamada “metrópole expandida” ou, ainda, “cidade-região”, no qual tais fábricas usam esse território de forma corporativa para produzir e reproduzir o capital. Nos procedimentos metodológicos foram feitos inventários bibliográficos, aprofundamento teórico na Universidade de Oxford, entrevistas com os secretários de desenvolvimento econômico dos municípios investigados, trabalho de campo junto às indústrias automotivas pesquisadas, análise dos dados e redação final. A quantidade de mão de obra contratada para os serviços comuns é muito maior do que nos serviços sofisticados.