Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bissaco, Cristiane Magalhães [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150580
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Resumo: |
Esta pesquisa se configurou em consonância com um olhar teórico no qual o conceito de criança é definido como um ser sócio-histórico, capaz de aprender desde muito pequeno e que, além de conhecimentos, constrói simultaneamente sua própria moralidade, sendo capaz de atribuir valores às questões pertinentes à temática ambiental. Desse modo, com o objetivo de construir sentidos sobre as práticas docentes de Educação Ambiental, procedi com gravação audiovisual, transcrevi e analisei os diálogos realizados entre sete professoras do sistema municipal de Araçatuba - SP e suas crianças, com faixa etária entre 4 e 5 anos, em que a temática ambiental foi apresentada, observando os valores evidenciados nessas práticas. A pesquisa contemplou um olhar para as práticas docentes – ações diretas de professores com crianças em idade pré-escolar e os diálogos decorrentes dessas ações, tendo como perguntas que nortearam o caminho desta pesquisa: a) Que sentidos são construídos a partir dessas práticas docentes? e b) Quais as possibilidades e limites dessas práticas docentes para a construção de valores voltados ao meio ambiente? Foi possível agrupar as práticas das sete professoras em três formas de Educação Ambiental, com sentidos específicos, quais sejam: a) pragmática, b) estética e c) meramente como ensino do eixo Natureza e Sociedade. No primeiro grupo se inseriram quatro professoras, que trataram de problemas ambientais visando ações e não desperdício para seu enfrentamento. Três delas trataram da questão do lixo e a sua reciclagem (P1, P3 e P7), e uma delas enfocou a questão da água e seu consumo (P2). No segundo grupo estão as propostas de duas professoras (P4 e P6). P4 direcionou sua ação para a elaboração de um jardim "para que os insetos tivessem onde viver". P6 direcionou-se para a produção de mudas de árvores frutíferas, ambas enfatizando a experiência sensorial junto às crianças. No terceiro grupo se inseriram as ações pedagógicas de P5, a qual apresentou como tema norteador de sua proposta "animais domésticos e animais selvagens", explorado sob o sentido de "conhecer para preservar". Pude perceber que os dados apontam para os limites do docente da Educação Infantil em romper com a hegemonia dos discursos ambientais mais conservadores e antropocêntricos, sendo que apenas P4 consegue realizar um trabalho em que o ser humano não é o centro de interesse. Esses dados parecem indicar a necessidade de direcionar espaços de formação em Educação Ambiental que considerem as perspectivas mais críticas. |