Efeitos do exercício físico no controle vascular de ratos envelhecidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nicoletti, Rafael Antunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238037
Resumo: As mudanças fisiológicas provocadas pelo envelhecimento são conhecidas através de fatores primários geneticamente determinados ou através de fatores secundários, tais como alimentação, fumo, sedentarismo, etc. Acometendo alterações centrais e sistêmicas, apresentando implicações na saúde vascular em três mecanismos: funcionais (alteração da pressão arterial sistólica e rigidez arterial), humorais (estresse oxidativo e nitrito) e estrutural (alterações no vaso afetando a morfometria, colágeno e elastina). Contudo, a prática regular do exercício físico em especial o exercício aeróbio, é considerado como uma estratégia para prevenir e minimizar os efeitos do processo natural do envelhecimento. O treinamento aeróbio regula a função vascular através do aumento da tensão de cisalhamento, ativando as vias de síntese de NO e de defesa antioxidante, melhorando a função endotelial. O objetivo deste estudo foi avaliar através das variáveis funcionais, humorais e estruturais de vasos sanguíneos utilizando ratos wistar, as diferenças entre os grupos controles jovem e idoso envelhecidos com 16 meses de vida e o efeito preventivo do exercício aeróbio, praticado de forma contínua ao longo da fase jovem/adulta até a velhice, ou praticado somente a partir do final da fase adulta até a velhice. Os grupos envelhecidos foram divididos em três grupos: controle idoso - CI, treinado ao longo da vida - TIL e treinado tardiamente - TIT. O protocolo de treinamento aeróbio foi composto de 8 semanas para o grupo idoso tardio e 61 semanas para o grupo idoso treinado ao longo da vida. Foram avaliados durante o protocolo experimental, peso corporal e capacidade física máxima; ao final do protocolo as análises funcionais de pressão arterial direta - PA e rigidez arterial - VOP, humorais de nitrito plasmático - NO e estresse oxidativo - TBARS, morfometria e colágeno nas artérias aorta torácica, carótida e femoral para verificar razão parede/luz, espessura e colágeno. Após as análises podemos afirmar que o peso corporal dos animais envelhecidos e jovens não obtiveram diferenças estatísticas (p< 0,05) quando comparado ao momentos inicial, após 8 semanas e ao final do protocolo de 61 semanas, em contrapartida a capacidade máxima dos animais TIL, obtiveram diferença estatística (p< 0,05) entre os grupos controles jovem e idoso após 8 semanas de protocolo e diferenças quando comparamos a capacidade física dos treinados após 61 semanas TIL x TIT, demostrando uma melhor capacidade para o grupo treinado ao longo da vida. Análises funcionais da PA e VOP, demostraram que o grupo TIL apresentou diferença obtendo redução da VOP quando comparado ao grupo CI (p= 0,002), análises humorais de NO e TBARS, demostram que o grupo treinado TIT, obteve redução do estresse oxidativo quando comparado aos grupos CJ e CI (p=0,009 e p=0,046, respectivamente). Análise da morfometria demostrou uma redução significativa na relação parede/luz e espessura das artérias aorta torácica e carótida quando comparados os grupos CJ e TIL vs CI (p< 0,05), análise de colágeno da artéria aorta torácica, demostrou que ambos os grupos treinados TIL e TIT, obtiveram uma redução de colágeno arterial quando comparado ao grupo CI (p=0,013 e p=0,021, respectivamente), entretanto apenas o grupo TIT apresentou redução de colágeno na artéria carótida quando comparado ao grupo CI (p=0,034). Conclui-se com este estudo que ratos wistar com 16 meses de vida apresentam alterações estruturais dos vasos sanguíneos, aumento da espessura e razão parede/luz, quando comparados a ratos jovens, no entanto, o treinamento físico ao longo da vida obteve maior capacidade física, diminuiu valores de VOP, diminui a espessura das artérias aorta e carótida, diminui a razão parede/luz das artérias aorta e carótida e obteve menores níveis de colágeno da artéria aorta, quando comparado ao grupo controle idoso, o treinamento físico tardio obteve diminuição dos valores TBARS quando comparado aos grupos controles, e menores níveis de colágeno nas artérias aorta e carótida, quando comparado ao grupos controle idoso.