Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Miálich, Maiara Aparecida [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150321
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a introdução de alimentos nos primeiros seis meses de vida de uma coorte populacional de lactentes. Trata-se de um estudo de coorte, com amostragem intencional. O foco de interesse (três desfechos) das análises apresentadas neste texto foi a introdução precoce – em menores de dois meses, entre dois e quatro meses e entre quatro e seis meses de vida da criança –de outros leites, outros líquidos e sólidos/semissólidos. Foram processadas estatísticas descritivas e teste da associação entre variáveis socioeconômicas, demográficas, biológicas e referentes à atenção à saúde e cada um dos desfechos, mediante regressão de Cox uni e multivariada. As análises multivariadas apontaram fatores que se associaram com os desfechos nos diferentes períodos estudados, sendo eles:em menores de dois meses de vida, quanto à introdução de outros leites, os fatores que se associaram aumentando o risco foram mães com menos escolaridade (HR=1,75 P=0,04), com menor renda (HR=1,54 P=0,04) e nascimento por cesárea (HR=1,42 P=0,02). Em crianças cuja introdução ocorreu entre dois e quatro meses, o risco foi maior nas que eram filhas de mães não brancas (HR=1,55 P=0,01), as mães de menor renda tiveram proteção (HR=0,61 p=0,03) e cujas mães não tiveram a devida orientação no pré-natal sobre a idade de início da AC possuíam risco aumentado (HR=1,66 P=0,01). No período de quatro a seis meses o fato da mãe trabalhar porém não estar de licença foi um fator fortemente associado com a introdução de outros leites (HR= 2,42 P=0,001). No que tange a introdução de outros líquidos, nenhum fator associado. Entre dois e quatro meses, mais uma vez a cor da pele foi fator associado, porém, desta vez como aumentando o risco (HR=1,30 P=0,04) e também o uso de chupeta (HR=1,36 P=0,02). No período que compreende entre quatro e seis meses o trabalho materno também teve associação, sendo que as mães que não trabalhavam possuíam menor probabilidade (HR=0,55 P=0,003) de ofertar outros líquidos aos bebês nessa idade. Nas análises para se investigar fatores associados com introdução de semissólidos em menores de dois meses, as que eram filhas de mães menos escolarizadas tinham menor risco de que esse evento ocorresse (HR=0,12 P=0,01), entre dois e quatro meses não houve fatores que se associaram. Entre quatro e seis meses, o fato de a mãe não trabalhar reduziu o risco (HR=0,71 P=0,01) de introdução de semissólidos neste período. Pode-se afirmar que a introdução precoce de alimentos na dieta infantil é problema importante no município brasileiro onde o presente estudo foi realizado. Os determinantes variam, embora muitos sejam comuns, como o parto cesárea e uso de chupeta, cor da pele da mãe, escolaridade, renda, trabalho e orientação recebida no pré-natal. Assim, cabe somar ao esforço mundial pelo aumento do aleitamento materno ações voltadas a desencorajar a oferta de outros alimentos aos lactentes, concomitantemente ou não ao aleitamento materno. |