Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cantarelli, Raquel de Vasconcellos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151141
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Resumo: |
Nesta tese realizamos análises morfológicas e socioculturais de contos maravilhosos celtas, que à época de seus registros, encontravam-se em circulação nas tradições orais da Irlanda, Escócia e Ilha de Man. Aqui serão estudadas narrativas de diferentes organizações estruturais, com o objetivo de delimitarmos as principais diferenças formais e de conteúdo veiculados, seja pela presença de temas distintos, explícitos ou implícitos, ou nos modos de abordagem dos mesmos temas. Entretanto, procuramos também salientar as semelhanças mantidas por todas essas formas narrativas, as quais nem sempre são evidentes, principalmente quando relacionadas às funções proppianas e às práticas socioculturais nelas refletidas. A diferença estrutural entre os contos analisados exigiu uma combinação de diretrizes para que obtivéssemos maior precisão nas descrições morfológicas obtidas, assim, empregamos os modelos de Propp (2006), Bremond (2011) e Greimas (COURTÉS, 1979), os quais corroboraram a função de cada elemento, além de complementarem-se mutuamente, a partir de perspectivas diversas. A concepção proppiana torna-se essencial para o tipo de análise sociocultural proposta, ao remeter suas funções aos rituais tribais primais. Contudo, por ser específico aos contos de magia, certas organizações narrativas necessitaram ser delimitadas a partir dos outros dois modelos, de modo a conseguirmos remetê-las, posteriormente, às funções proppianas, ou mesmo a fragmentos delas que, de outro modo, passariam despercebidos. A partir dos resultados das análises morfológicas, partimos para as análises socioculturais, elucidando a origem de seus motivos e as formas de pensamento que engendraram os contos, isolando-os dos elementos regionalmente condicionados. Por último, esclarecemos os resultados obtidos por comparação com o conto de magia, enfatizando os fatores sociais envolvidos na composição das diferentes estruturas apresentadas, identificando suas diferenças e elementos que constituem padrões compartilhados por todos eles. Com isso, esperamos demonstrar a natureza interna desses contos, bem como as peculiaridades das narrativas populares gaélicas. Isso será realizado, nas análises morfológicas, identificando seus constituintes fundamentais, e nas análises socioculturais, com ênfase em seus aspectos míticos e folclóricos, tanto de caráter universal como específicos. O corpus é formado de dez narrativas, originalmente registradas na língua inglesa, uma vez que, à época, a língua gaélica já havia sido extirpada, em grande medida, dessas regiões. |