Entre o sofrimento e a esperança: a reabilitação da incontinência urinária como componente interveniente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Delarmelindo, Rita de Cássia Altino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96446
Resumo: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, com os objetivos de: compreender a experiência de mulheres com incontinência urinária e elaborar um modelo teórico representativo da mesma. A saturação teórica se deu mediante a análise da 18ª entrevista não diretiva, segundo a Teoria Fundamentada nos Dados, conhecida internacionalmente como Grounded Theory. Deste processo, emergiram dois fenômenos: convivendo com os desafios da Incontinência Urinária (IU) e vivenciando a esperança e a desilusão de reabilitar-se da IU. Do realinhamento dos componentes (temas, categorias e subcategoria) provindos dos fenômenos emergiu a categoria central, denominada: entre o sofrimento e a esperança: o apoio e o acesso à reabilitação da IU como componente interveniente. Da análise à luz do Interacionismo Simbólico, verificou-se que a gravidez e o parto vaginal emergem como símbolos de vulnerabilidade da mulher ao sofrimento de conviver com o desafio moral e fisiopsicossocial da IU. Assim como, a inferência de que a desconsideração do Sistema Único de Saúde (SUS) com investimentos no processo de reabilitação da IU possa estar fragilizando os próprios programas de incentivo ao parto vaginal. Ademais, aponta a perpetuação do sofrimento da mulher com a IU, na maioria das vezes, impossibilitada de acesso ao processo de reabilitação que poderia garantir uma melhor qualidade de vida, por falta de programas incentivados pelas políticas públicas, em oferecer uma assistência voltada às reais necessidades dessas usuárias do SUS