Caracterização geoquímica e de proveniência da Formação Corumbataí (Permiano, Bacia do Paraná, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Montibeller, Cibele Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191327
Resumo: A Formação Corumbataí é uma unidade sedimentar pelítica a psamo-pelítica de idade permiana, pertencente à Supersequência Gondwana I da Bacia do Paraná, sobre a qual poucos estudos foram realizados quanto à proveniência e suas implicações paleoambientais. Este trabalho visa preencher estas lacunas, apresentando correlações de composição e de proveniência entre seções aflorantes da Formação Corumbataí nos município de Rio Claro (SP), Santa Rosa de Viterbo (SP) e Mineiros (GO), e uma seção aflorante da Formação Serra Alta (Permiano da Bacia do Paraná, correlacionável com a base da Formação Corumbataí) no município de Cesário Lange (SP), bem como suas implicações paleoclimáticas, paleogeográficas e possíveis implicações na compreensão dos mecanismos de abertura do Atlântico Sul. Os dados mostram que as rochas permianas sobrejacentes à Formação Irati que ocorrem nas áreas de estudo são classificadas quimicamente com mais frequência como “wackes” e litoarenitos, formados por sedimentos derivados predominantemente de rochas sedimentares e/ou metassedimentares e ígneas ácidas, com a região de Cesário Lange discordando das demais regiões por indicar contribuição exclusiva de rochas supracrustais. Em se tratando das amostras da Formação Corumbataí, a maturidade química e textural aumenta de norte em direção a sul, bem como o grau de submissão dos sedimentos originais ao processo de reciclagem sedimentar. As rochas sedimentares foram depositadas em ambientes tectonicamente quiescentes, enquanto os ambientes tectônicos geradores das rochas fontes variam de margens ativas ao norte da Bacia para arcos de ilhas ao sul da bacia, assim como o clima vigente nas áreas de transporte e deposição varia de úmido a norte para árido a sul, na região de Rio Claro. Em se tratando das amostras da Formação Serra Alta (provenientes de Cesário Lange), observa-se que discordam das tendências apresentada pelas demais áreas estudadas. Uma interpretação possível para as características observadas é que a Formação Corumbataí represente o início da flexura que levou à separação dos continentes Sul-Americano e Africano, e que corresponda a uma sucessão de ambientes com distintas áreas fontes ao redor da Bacia, e sugerindo, portanto, que a “Bacia Corumbataí” seja considerada distinta da sucessão entre as Formações Serra Alta, Teresina e Rio do Rastro, consideradas atualmente diretamente correlacionáveis.