Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Morais, Jéssika Mayhara Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153599
|
Resumo: |
Os objetivos dos estudos foram avaliar os efeitos da cimentação provisória intrarradicular de um pino metálico com cimentos temporários, de composição química diferentes, e analisar a influência da irrigação com agitação ultrassônica passiva (PUI), sobre a resistência de união do cimento resinoso autoadesivo (Relyx U200) na dentina do espaço radicular preparado para pino de fibra de vidro. Noventa raízes unirradiculares de dentes humanos, foram padronizadas com o comprimento de 17,0 mm, a partir do ápice radicular. Os canais radiculares foram instrumentados até o instrumento F5, irrigados a cada troca de instrumento com 5 mL de hipoclorito de sódio a 2,5% e obturados com cimento contendo resina epóxi (AH Plus; Dentsply DeTrey GmbH, Konstanz, GER). Após 7 dias, foi preparado o espaço intrarradicular para pino de fibra de vidro, na extensão de 11mm, a partir da face cervical radicular, com brocas tipo Largo #1 e #2, e dada a conformação final com a broca #2 do sistema White Post DC (FGM, Joinville, SC, BR). No estudo 1, quarenta espécimes foram distribuídos em 4 grupos (n =10), de acordo com o tipo de protocolo de cimentação provisório do pino metálico: G1 (CO), sem a realização prévia da cimentação provisória do pino metálico intrarradicular; G2 (PR), cimentação provisória do pino metálico com o sistema Provy (Dentsply); G3 (RT) cimentação provisória do pino metálico com o sistema Relyx Temp NE (3M) e G4 (TB), cimentação provisória do pino metálico com o sistema Temp Bond NE (Sybron Kerr). Em todos os grupos, com exceção do CO, pinos metálicos foram cimentados provisoriamente no espaço intrarradicular preparado para pino, e mantidos em 90% de umidade relativa, a 37oC. Após 7 dias, estes pinos metálicos foram removidos por meio de tração axial e repassada a broca #2 do sistema White Post (FGM, Joinville, SC, Brasil) no espaço intrarradicular previamente preparado. O local foi irrigado com 5 mL de água destilada. Após a secagem do canal radicular, os pinos de fibra DC2 (FGM, Joinville, SC, Brasil) foram anatomizados com resina composta e imediatamente cimentados com o cimento resinoso autocondicionante (Relyx U200; 3M, Sumaré, SP, Brasil), incorporado com Rhodamine B, na concentração de 0,01% em massa, em relação ao cimento resinoso. No estudo 2, cinquenta espécimes foram distribuídos em 5 grupos (n =10), de acordo com o tipo de protocolo de cimentação provisório do pino metálico e irrigação prévia do espaço intrarradicular preparado para pino de fibra com agitação ultrassônica: G1 (CO), sem a realização prévia da cimentação provisória do pino metálico intrarradicular; G2 (RT), cimentação provisória do pino metálico com o sistema Provy (Dentsply) e irrigação convencional com água destilada; G3 (RT-PUI) cimentação provisória do pino metálico com o sistema Provy e posterior agitação ultrassônica da solução de irrigação no espaço preparado intrarradicular; G4 (RT-PUI), cimentação provisória do pino metálico com o sistema Relyx Temp e posterior agitação ultrassônica da solução de irrigação no espaço preparado intrarradicular e G5 (TB-PUI), cimentação provisória do pino metálico com o sistema Temp Bond NE e posterior agitação ultrassônica da solução de irrigação 12 no espaço preparado intrarradicular. Todos os espécimes foram mantidos em 100% de umidade, a 37oC, por 7 dias. Na sequência, foram obtidas secções transversais de todos as raízes, com 2 mm de espessura, dos terços cervical, médio e apical radicular. Em seguida, as secções foram submetidas ao ensaio mecânico de push-out, em máquina de ensaio eletromecânica acoplada com célula de carga de 5 kN, na velocidade de 0,5 mm/minuto. Após a conclusão do teste de push out, o padrão de fratura foi classificado, com análise em estereomicroscópio, em: adesiva, entre o cimento resinoso e a dentina radicular (tipo 1): adesiva entre o cimento resinoso e o pino de fibra (tipo 2); coesiva, no cimento resinoso ou mista, envolvendo dois ou mais tipos de fratura. Os dados obtidos foram submetidos aos testes de ANOVA a 1 critério e posteriormente ao teste de Tukey (p = 0.05). No estudo 1, em todos os terços radiculares, CO demonstrou a maior resistência de união do cimento resinoso autocondicionante na dentina radicular (p < 0.05). Por outro lado, não houve diferença entre os grupos em que a cimentação de um pino provisório foi realizada previamente à cimentação definitiva do pino de fibra de vidro. No estudo 2, nos grupos em que a irrigação ultrassônica passiva (PUI) foi realizada, independentemente do tipo de cimento provisório utilizado, a resistência de união do cimento resinoso autocondicionante foi similar ao CO (p > 0,05), apenas no terço cervical radicular. No terço médio radicular, a resistência de união do cimento resinosos autocondicionante nestes grupos foram iguais entre si (p > 0,05), porém inferior ao CO (p < 0,05), mas superior ao da irrigação convencional (p > 0,05). Por outro lado, no terço apical radicular houve similaridade entre todos os grupos (p > 0,05), que demonstraram menores valores de resistência de união do cimento resinoso em relação ao CO (p < 0,05). Portanto, a cimentação provisória e posterior remoção por tração de um pino metálico no espaço intrarradicular preparado para pino, independentemente do tipo de cimento provisório utilizado, interferiu negativamente sobre a resistência de união do cimento resinoso autocondicionante (Relyx U200) na dentina radícular (p < 0,05). Porém, nos terços cervical e médio radicular, a irrigação com agitação ultrassônica da solução irrigadora (água destilada) no espaço preparado para pino proporcionou o restabelecimento da resistência de união do cimento resinoso na dentina radicular em relação ao RT (p < 0,05), mas similar somente no terço cervical foi similar ao CO (p > 0,05). |