A mulher na mitologia e dramaturgia irlandesa: o feminino no mito de Deirdre, em peças de John M. Synge e Vincent Woods

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Tokita, Juliana Figueiredo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99105
Resumo: O resgate da antiga tradição literária irlandesa é um contínuo processo de ressignificação e manutenção de todo arcabouço que representa a própria identidade do país. As personagens mitológicas estão presentes na memória da população e servem como inspiração para novas leituras e adaptações. O trabalho de releituras mitológicas intensificou- se principalmente durante o movimento do revivalismo celta (Celtic Revival, início do século XX), tendo como principal figura o dramaturgo William Butler Yeats. Inspirado pelo espírito nacionalista de dado movimento, John Millington Synge produziu diversas peças voltadas para a temática da vida e história celta, entre elas está Deirdre of the Sorrows (1910). Quase um século mais tarde, Vincent Woods escreveu A Cry from Heaven (2005), peça que também tem por base o mito The Exile of the Sons of Uisliu, vulgarmente conhecido como o mito de Deirdre. Esta dissertação analisa uma particularidade acerca da mitologia irlandesa, ou seja, o fato de esta tradição nos presentear com uma vasta quantidade de importantes personagens femininas. O mito de Deirdre, que originalmente leva o nome dos guerreiros, e filhos de Uisliu (The Exile of the Sons of Uisliu), possui como principal personagem uma mulher, Deirdre. Esta característica foi mantida e revisada por Synge e Woods. Neste sentido, averiguamos aspectos acerca da caracterização das personagens femininas presentes em cada uma das peças, de modo comparativo com as presentes no mito. Para tanto, utilizamos a tradução de Thomas Kinsella, presente na obra The Táin (1969), The Exile of the Sons of Uisliu. As ações e os discursos das personagens foram examinados. Deste modo, utilizamos a hipótese de que as personagens femininas nas peças de Synge e Woods poderiam (ou não) ser caracterizadas como mulheres mais independentes...