Conduzir o banquete da vida: a presença feminina na obra de Muriel Spark

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Azevedo, Célia Cristina de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94129
Resumo: Constitui objetivo principal deste trabalho a observação da presença feminina nos romances The Driver.s Seat e Symposium, da escritora escocesa Muriel Spark, como fator que possibilite traduzir a realidade das mulheres que buscam autonomia e que, conseqüentemente, ofereça uma relação entre esta atitude e as reações sociais que causam. Com base nos estudos que tratam de questões identitárias (dentro dos estudos de gênero, especificamente, a crítica feminista) será averiguada a recorrência de alguns temas. Dentre eles, destacam-se a morte, a loucura e o aparente controle da situação que, de alguma forma, revelam problemas, conflitos e aflições das personagens estudadas. No primeiro capítulo, situamos a autora com relação ao movimento das mulheres, com o objetivo de, ao contextualizá-la, ter uma melhor compreensão de sua obra. Assim, observam-se as características mais evidentes de seu trabalho com relação às práticas das mulheres em um plano global. Dentre as questões que marcam os estudos da escrita das mulheres, no segundo capítulo serão abordadas algumas linhas críticas que por ela se interessam e a diferenciam da escrita dos homens. A proposta da crítica centrada na mulher (ginocrítica) trata da diferença a partir da ênfase no corpo, na linguagem, na psique e na cultura das mulheres. À luz destas críticas, será realizada uma análise preliminar dos romances sparkianos. No terceiro capítulo, as questões de gênero passam a ser discutidas como fator de análise que prevêem diferenças internas ao grupo das mulheres, bem como semelhanças com trabalhos masculinos. Este aspecto do gênero ocasiona uma leitura não mais binária e hierarquizada de textos, mas que permita às diferenças tornarem-se fator de liberdade e autonomia. Finalmente, a contribuição da autora para a literatura e sua relação com o movimento das mulheres constitui objeto de breves comentários.