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Produção e eficiência agronômica de composto orgânico bioestabilizado enriquecido com fósforo a partir de lodo de esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruz, Caio Vilela [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191841
Resumo: No estado de São Paulo o lodo de esgoto é destinado para aterros sanitários, perdendo-se assim um resíduo orgânico de grande potencial fertilizante. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do enriquecimento desde resíduo com fontes de fósforo (P) no processo de compostagem e a eficiência agronômica dos fertilizantes produzidos. Dois experimentos foram realizados, o primeiro (Experimento I) consiste no enriquecimento de P no início do processo de compostagem do lodo de esgoto com bagaço de cana, foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com um esquema fatorial 2x4, o primeiro fator consiste em fontes inorgânicas de P: superfosfato triplo (ST) e um fosfato natural reativo (FR), em interação com quatro doses de P (0%, 1,5%, 3,0% e 4,5%) sendo essas doses calculadas em relação a massa seca do composto, com duração de 60 dias e foram coletadas amostras a cada 15 dias para análise química e para avaliação do pH, umidade, P Total, P solúvel em água, P em citrato neutro de amônio (CNA) e P em ácido cítrico (AC), nitrogênio total, carbono orgânico total e relação C/N e os teores de macro e micro nutrientes; também foi monitorado a temperatura (T) das leiras. O segundo experimento (Experimento II), foi realizado em condições de estufa em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 10x5, onde o primeiro fator consiste nas fontes de P produzidas no experimento I e fontes inorgânicas de P, sendo: ST, FR, lodo compostado (LC)+FR a 0%, 1,5%, 3,0% e 4,5% (LC0%FR; LC1,5%FR; LC3,0% FR e LC4,5%) e LC+ST a 0%, 1,5%, 3,0% e 4,5% (LC0%ST; LC1,5%ST; LC3,0% ST e LC4,5%ST), o segundo fator em doses (0, 25, 50, 75 e 100 mg de P dm-3), foi realizado dois cultivos sequenciais de milho com 40 dias de crescimento cada; Na planta foi avaliado a produção de biomassa seca (MS), acúmulo de P (AC), Índice de Eficiência Agronômica (IEA), no solo foi avaliado o P-resina. O uso da fonte superfosfato triplo na dose de 1,5% de P no enriquecimento em base seca e a fonte fosfato reativo no enriquecimento para as doses de 1,5%, 3,0% e 4,5% em base seca, não interferem no processo de compostagem e possibilitam que ocorra de forma eficiente, podendo ser utilizadas para o enriquecimento. O processo de compostagem por si só, não é eficiente em solubilizar e disponibilizar em quantidades satisfatórias o P contido no fosfato reativo. As fontes LC 0% ST, LC 1,5% ST, LC 3,0% ST, LC 4,5% ST, LC 0% FR, LC 1,5% FR, LC 3,0% FR incrementam e elevam o teor de P no solo com o aumento das doses. O enriquecimento do composto com o superfosfato triplo, presente nos tratamentos LC 1,5% ST, LC 3,0% ST, LC 4,5% ST, proporcionou os maiores valores de massa seca, acúmulo de P e IEA, demonstrando que essas fontes são mais adequadas para o suprimento de P para culturas de ciclo curto, porem o uso de fonte solúvel com o lodo de esgoto no processo de compostagem diminuiu a eficiência agronômica da fonte solúvel, onde surge a hipótese que em função do pH e da concentração de Fe e Al no composto, pode formar compostos pouco solúveis e inibem a disponibilidade de P fornecido via ST.