Solubilidade, efeito residual e eficiência agronômica de fontes alternativas de fosfatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sandim, Aline da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143882
Resumo: Atualmente, a produção de fertilizantes fosfatados acidulados gera muitos rejeitos e entre esses estão materiais ainda relativamente ricos em P, cujo aproveitamento ainda não é possível pelos atuais métodos industriais. Isso tem representado, portanto, um bem mineral não utilizado e um problema ambiental preocupante, devido aos grandes volumes envolvidos. Estes “novos” fertilizantes foram testados nas mais distintas condições de solo e, portanto ainda não se sabe exatamente qual será seu desempenho agronômico em condições distintas. Diante do exposto, a seguinte hipótese geral foi testada: fertilizantes fosfatados cuja solubilidade é baixa podem apresentar comportamento e desempenho agronômico semelhante aos superfosfato triplo dependendo das condições do solo e manejo. Para tal, foram realizados quatro experimentos em condições de vaso em casa de vegetação, em campo e em laboratório. Dois experimentos foram realizados em casa de vegetação, variando doses, fontes de P (superfosfato triplo, fosfato natural reativo, fosfato precipitado – FP1 1 e fosfato precipitado 2 – FP2) e tipos de solo, cultivados com milho como planta teste. Nas condições do primeiro experimento onde houve variação de doses e fontes, o solo utilizado, foi coletado em condições distintas, isto é, na primeira situação o solo apresentava 3 mg dm-3 de P e na segunda situação o mesmo solo apresentava 30 mg dm-3 de P. Neste experimento pôde-se observar que, onde havia fósforo residual no solo, proveniente de adubações anteriores, os resíduos utilizados, proporcionaram produção de massa de matéria seca (70g por vaso) e índices de eficiência agronômica (75%) semelhantes ao superfosfato triplo (100g por vaso), concluindo que em situações de fertilidade construída, em especial, a fonte alternativa FP1, pode ser utilizada em cultivos com culturas anuais. No segundo experimento foram utilizados cinco solos com diferentes texturas, todos oxídicos, ácidos e com baixo teor de fósforo. Nesta situação, pôde-se concluir que a maior produção de massa de matéria seca do milho (79g por vaso) e o maior índice de eficiência agronômica dos resíduos (75%) foram alcançados também com a fonte FP1, em solos com baixa a média capacidade de adsorção de fósforo quando comparado a solos de alta CMAP. No experimento realizado em condições de campo, a espécie utilizada como teste foi a Urochloa brizantha, cultivar Marandú, com variação do pH do solo e uso das diferentes fontes de fósforo, além do tratamento controle, sem fósforo e sem correção do solo. Neste experimento foram realizados 4 cortes do capim Urochloa brizantha, com o objetivo de observar o efeito residual e o aproveitamento do P pela cultura fornecido por cada fonte. Pôde-se concluir que, a pastagem obteve maior produção de massa de matéria seca (6 t ha-1) e o maior índice de eficiência agronômica (181%) foi obtido com o uso da fonte alternativa FP1, em condições de V% 45, intermediário, exceto no primeiro corte onde a disponibilidade de P foi maior pelo superfosfato triplo, já que é uma fonte solúvel. Indicando ser essa fonte, o FP1, um potencial fertilizante fosfatado em especial para espécies de ciclo perene como as pastagens. O quarto experimento foi realizado em condições de laboratório com o objetivo de determinar quais as formas de fósforo seriam disponibilizadas por cada fertilizante a partir do uso da metodologia de fracionamento de fósforo. Neste experimento houve variação da textura do solo (argiloso e arenoso), do pH do solo (ácido e moderadamente ácido) e distância do grânulo. Pôde-se observar, que as formas lábeis de fósforo, mais próximas do grânulo, foram em sua maioria, disponibilizadas pela fonte solúvel e pela fonte alternativa FP1 quando comparada com o fosfato natural reativo e com o a fonte alternativa FP2. Portanto, sabendo-se da importância atual da reutilização de materiais antes considerados rejeitos, conclui-se que a fonte alternativa FP1 pode ser considerada um potencial fertilizante fosfatado para utilização em culturas de ciclo perene como pastagens, ou em solos de fertilidade construída em cultivos com plantas anuais.