O Transtorno do Espectro Autista na residência em pediatria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Paparella, Drielle Sauer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235465
Resumo: Diante do aumento da prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e do conhecimento de suas características específicas, torna-se crescente o atendimento de crianças com TEA nas unidades de saúde. Nesse sentido, surge a necessidade de reflexão sobre a formação dos residentes em pediatria referente ao TEA, uma vez que esses profissionais são, muitas vezes, os primeiros a assistirem essas crianças. O campo de estudo dos processos de ensino e aprendizagem é, portanto, relevante, visto que tal conhecimento é imprescindível para a instrumentalização dos residentes, para que estes estejam preparados para lidar, compreender e intervir de forma adequada. Esse estudo objetiva analisar a formação de residentes de pediatria sobre o TEA. Especificamente, objetiva-se: a) levantar as disciplinas que trabalham conteúdos curriculares que abordem o TEA e o desenvolvimento infantil; b) verificar o conhecimento dos residentes em pediatria sobre os marcos de desenvolvimento e sinais de TEA; c) identificar qual é o papel do médico pediatra no atendimento às crianças com TEA; d) averiguar o quão se sentem preparados para atenderem esses pacientes. Para tanto, propõem-se um estudo descritivo-analítico, constando de pesquisa documental e de levantamento de campo. Este último será realizado por intermédio de questionário e entrevistas com médicos residentes da pediatria de uma universidade pública do estado de São Paulo, a respeito de seus conhecimentos e percepções sobre a formação e a preparação para atender pacientes com TEA. Os resultados do estudo 1 mostraram que não há disciplina específica sobre o TEA e o conteúdo sobre o desenvolvimento infantil no documento do Programa de Residência Médica é apresentado de forma superficial e vago, não permitindo uma compreensão conclusiva dos conteúdos curriculares sobre essas temáticas. No estudo 2, pode-se identificar que os residentes em pediatria possuem conhecimentos teóricos sobre os marcos do desenvolvimento infantil e sinais de alerta para o TEA e têm atitudes e práticas esperadas no dia a dia de trabalho. Os residentes em pediatras se sentem seguros em realizar investigações do desenvolvimento infantil e em mostrar e explicar aos familiares as fases do desenvolvimento e os sinais de alerta para o TEA. Além disso, os residentes entendem seu papel na atenção primária e apresentam um olhar cuidadoso e uma prática adaptada para com pacientes com TEA. Porém, relatam sentir falta de aprendizagens práticas, principalmente de uma instrumentalização para a vigilância de atrasos no desenvolvimento infantil e na triagem do TEA. Diante dos resultados encontrados, espera- se que a presente pesquisa possa contribuir para a mobilização dos programas de residência médica em pediatria para enfatizarem as aprendizagens práticas, promovendo a articulação entre a teoria e a prática. Por fim, espera-se sensibilizar sobre a importância da identificação precoce de sinais de atraso do desenvolvimento e da triagem do TEA.