Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fontes, Patricia Kubo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202161
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Resumo: |
O oviduto desempenha diversas funções até a formação do embrião, como maturação e transporte final dos gametas, processo de fertilização, transporte do embrião e desenvolvimento inicial do embrião. No entanto, nenhuma dessas etapas precisa ocorrer obrigatoriamente no oviduto. A capacidade de desenvolver embriões até o estágio de blastocisto sem qualquer contato com o trato reprodutivo materno gerou a hipótese de que o oviduto seria secundário e não essencial no estágio inicial da vida. Hoje, no entanto, é amplamente conhecido que a interação embrião-oviduto, ou interação com produtos de células ovidutais, pode impactar o embrião de diferentes maneiras, especialmente em relação às características epigenéticas, metabolismo e vários marcadores de qualidade. Para reconectar o embrião em desenvolvimento às células ovidutais (OC), muitas abordagens artificiais foram delineadas. Nesta tese, investigamos as CO diante de duas dessas abordagens: os protocolos de superestimulação ovariana (SOV) e a cocultura in vitro de embrião-CO. No primeiro estudo, as vacas foram submetidas à: i) protocolo SOV apenas com hormônio folículo-estimulante (FSH), ii) protocolo SOV usando FSH com gonadotrofina coriônica equina (eCG), ou iii) ovulação única por sincronização hormonal. O uso de protocolos SOV permite o desenvolvimento de múltiplos embriões dentro do oviduto, possibilitando a interação dos embriões com as CO. Este primeiro estudo demonstrou que as CO de vacas submetidas à SOV com FSH + eCG apresentam níveis mais elevados de estradiol, que também modulou a expressão gênica de genes relacionados ao processo de fertilização. Em seguida, esse perfil hormonal foi aplicado em um sistema de cultivo in vitro de OC. As CO podem ser cultivadas para aplicação em sistema de cocultura com embriões, o que permite que o embrião produzido in vitro interaja com as CO. A cultura de OC ainda não possui protocolo padrão ouro. Portanto, para analisar o efeito dos diferentes perfis hormonais obtidos como resultado do primeiro estudo, foi necessário incluir outra variação no segundo estudo: diferentes perfis hormonais x CO coletadas em diferentes fases do ciclo estral. Ao analisar os dados obtidos na análise de RNAseq, após o cultivo in vitro, as OC coletadas durante a fase folicular apresentam um perfil de transcriptoma muito diferente do perfil das células coletadas na fase lútea, caso nenhum tratamento hormonal for aplicado. Porém, quando altos níveis de estradiol são aplicados na cultura in vitro dessas células, o perfil do transcriptoma das CO torna-se muito semelhante, independentemente do ciclo estral em que as CO foram coletadas. Em conclusão, essas duas abordagens artificiais para possibilitar a interação dos embriões com o oviduto modulam as CO em função dos perfis hormonais. Portanto, o perfil hormonal é um fator importante a ser considerado nas estratégias para estabelecer a interação de embriões e células ovidutais. |