Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Jocy Ana Paixão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202686
|
Resumo: |
O desequilíbrio nos ecossistemas, decorrentes das transformações antrópicas, afeta principalmente os ambientes florestais, como também a fauna associada e o bem-estar da população humana, devido ao comprometimento dos serviços ecossistêmicos. Portanto, esta pesquisa apresenta como objetivo desenvolver um Índice de Vulnerabilidade Ambiental de Fragmentos Florestais (IVAFF) considerando indicadores ambientais que representem as condições de conservação e preservação dos remanescentes florestais da Mata Atlântica presentes na Bacia Hidrográfica do Rio Sorocabuçu (BHRS). Foi realizada a classificação dos tipos de cobertura e uso da terra para os anos de 2010 e 2019. Posteriormente obteve-se três indicadores, sendo estes, Indicador de Risco de Extinção de Fragmentos Florestais (IREFF), Indicador de Sustentabilidade de Fragmentos Florestais (ISFF) e o Indicador de Risco de Incêndios Florestais (IRIF). Para o IREFF utilizou-se as métricas da ecologia da paisagem (tamanho e isolamento) e o Índice de Exposição Antrópica (IEA), o ISFF considerou as variáveis conservação, antrópica e biofísica, o IRIF as variáveis foram divididas em antrópica, topográfica, de cobertura vegetal e climática. A partir desses indicadores foi obtido o IVAFF. A obtenção dos indicadores foi embasada na Análise Hierárquica de Processo (AHP), que também foi utilizada para estruturar o IVAFF. Quanto aos tipos de cobertura e uso da terra constatou-se que a bacia apresenta subclasses predominantemente do tipo floresta, área vegetacional perturbada e cultura temporária, com um destaque para as florestas, que se concentram de leste a oeste da bacia, cujo ano de 2010 correspondiam aproximadamente 52% da área total da bacia e em 2019 a 45,72%. Em 2010 verificou um total de 235 fragmentos florestais, enquanto em 2019 contabilizou-se 195, havendo uma perda de 40 fragmentos, no qual a maioria eram menores que 10 hectares. O IREFF mostrou que para 2010 as classes alto e muito alto apresentaram mais fragmentos florestais com risco de extinção, onde em 2019 estas classes foram as únicas que apresentaram fragmentos extintos, o mesmo foi observado para a predição de 2029. Quanto ao ISFF notou-se que a maioria dos fragmentos florestais apresentam uma sustentabilidade considerada média, o que corresponde a 49% dos fragmentos, predominando aqueles de porte pequeno e médio. Para o IRIF a classe alto prevaleceu, representando cerca de 82% dos fragmentos, sendo que a maioria deles são de tamanho pequeno ou médio. Pode-se concluir que possivelmente as culturas temporárias são as principais responsáveis pela transformação da paisagem da BHRS e que todas as interferências na paisagem contribuíram para que a maioria dos fragmentos da bacia se tornassem pequenos, isolados e marcados por formatos irregulares, sobretudo com uma maior exposição a ação antrópica. IREFF mostrou que os fragmentos com chances de serem extintos são das classes de risco de alto e muito alto. No ISFF o fato de não ter se constatado fragmento de tamanho grande e muito grande que apresentasse uma sustentabilidade considerada muito baixa ou baixa é uma sinalização de que os fatores utilizados para a composição desse indicador são adequados. O IRIF mostrou que entre as sub-bacias que apresentam elevado risco de incêndios, as sub-bacias 1, 7 e 8, devem ser priorizadas para a tomada medidas urgentes, uma vez que são as regiões com o risco de incêndios considerados muito alto. A metodologia para se obter o IVAFF se mostrou adequada, obtendo-se uma exatidão global de 85%. Constatou-se que a maioria dos fragmentos se encontram com média ou alta vulnerabilidade, cerca de 51% e 36%, respectivamente. Isso confirma o que foi verificado nos indicadores, que a maioria dos fragmentos necessitam de medidas que visem a sua conservação ou recuperação, sendo as atividades antrópicas um dos maiores fatores de pressão sobre os fragmentos. |