Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Melo, Daniella da Silva Nogueira de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152858
|
Resumo: |
No período da Guerra Fria, o desempenho da OTAN fora dos limites territoriais abrangidos pelo Artigo 6º sucedia-se por meio de arranjos informais e operações que não estivessem sob o seu comando. Logo, a atuação da OTAN no Atlântico Sul ocorreu de forma bastante limita-da em decorrência da ausência de uma política oficial acerca das operações out-of-area. Com o fim da era bipolar, a OTAN ganhou maior espaço de atuação no mundo e deixou de ser uma mera aliança militar, sob a base da defesa coletiva e, transformou-se em uma organização de segurança coletiva. Do mesmo modo, ao longo dos anos 2000, o Atlântico Sul adquire impor-tância estratégica aos olhos das potências globais e regionais, constituindo-se como uma área de oportunidades econômicas para conquista de autonomia energética e de projeção de poder político e militar. Portanto, a pesquisa tem por objetivo analisar como se dá a atuação da Or-ganização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no ambiente geoestratégico do Atlântico Sul. Isso serve para compreender as motivações que conduzem os membros a envolver a or-ganização em uma área que oferece poucas ameaças às suas seguranças e que não foi contem-plada no seu mais recente Conceito Estratégico de 2010. Nessa pesquisa, elencam-se três fato-res de envolvimento da Aliança na região: os recursos naturais, a realidade de segurança e a crescente presença de China, Índia, Rússia. Temos que para países como França, Inglaterra, Portugal e EUA, que já possuem significativa influência na região, há maiores vantagens em engajar a OTAN no Atlântico Sul. Por outro lado, a falta de clareza dos objetivos da organi-zação na região cria uma imagem de desconfiança para as potências regionais (Brasil, Argen-tina) que assumem uma postura defensiva em evitar a interferência de atores extrarregionais em seus espaços estratégicos. De forma geral, a pesquisa mostra que a participação da Aliança no Atlântico Sul serve para reforçar os interesses dos aliados e reformular as relações de força na região por meio de acordos diplomáticos, exercícios militares conjuntos, formação de par-cerias, intercâmbio de recursos e capacidades como se vê nas relações da OTAN com Cabo Verde, Mauritânia, Colômbia e outros países desse entorno regional. |